Correio de Carajás

Polícia Federal conclui investigação, mesmo sem depoimento de Bolsonaro

Para delegada responsável pelo caso, ausência de Bolsonaro não trouxe prejuízo ao inquérito. PF aponta crime do presidente ao vazar documentos sigilosos

Foto: AFP

Polícia Federal concluiu que o presidente Jair Bolsonaro (PL) teve conduta criminosa ao vazar, durante live, um inquérito sigiloso que apurava um ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O relatório final da investigação foi enviado na noite de terça-feira (1º/2) ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

delegada federal Denisse Ribeiro está à frente do inquérito. Ela pediu a Moraes compartilhamento do caso com a investigação das milícias digitais. Ribeiro reiterou convicção, mesmo sem o depoimento do chefe do Executivo, que faltou à oitiva na última sexta-feira (28/1). Para a PF, as provas juntadas durante a investigação são suficientes para a conclusão.

A delegada manteve a conclusão de que Bolsonaro e o deputado Filipe Barros tiveram “atuação direta, voluntária e consciente” na prática do crime de vazamento de dados sigilosos, pois, segundo ela, “na condição de funcionários públicos, revelaram conteúdo de inquérito policial que deveria permanecer em segredo até o fim das diligências (Súmula nº 14 do STF).

Leia mais:

Moraes poderá passar o caso adiante, com o encaminhamento do relatório para manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR) — que deve decidir se vai denunciar Jair Bolsonaro. (Correio Braziliense)