Correio de Carajás

Julgamento do caso Ana Karina é transmitido ao vivo

Os três acusados pelo crime, acontecido em Parauapebas há onze anos são julgados nesta quinta-feira (10)

O julgamento do assassinato de Ana Karina Guimarães, ocorrido em 2010 em Parauapebas, acontece nesta quinta-feira (10) em Belém e é possível assistir online à Sessão do Júri, por do site do Tribunal de Justiça do Pará (TJ-PA).

Ao entrar na aba Sessões ao Vivo, basta selecionar o link “2ª Vara do Tribunal do Júri Processo Nº:0003637-73.2010.814.0040” para ter acesso à transmissão.

No banco dos réus estão Alessandro Camilo de Lima, Francisco de Assis Dias e Graziela Barros Almeida. Na época, Ana Karina estava grávida de Alessandro, que contou com ajuda de Francisco, o “Magrão” e Florentino Rodrigues, o “Minego”, para matar a mulher, que tinha 29 anos quando lhe foi tirada a vida.

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Alessandro confessou o crime, tendo auxílio de Magrão e Minego, que já cumpre pena de 25 anos desde 2013, quando foi julgado e condenado. Graziela, noiva de Alessandro, é apontada como cúmplice do assassinato. O corpo nunca foi encontrado e a versão adotada pela investigação é de que ele teria sido esquartejado, colocado em um tambor e jogado no Rio Itacaiunas.

O julgamento foi desaforado da Comarca de Parauapebas a pedido da defesa de Alessandro Camilo, em 2018, alegando preocupações com a integridade física do acusado e como a repercussão do caso poderia influenciar o Conselho de Sentença. A mãe de Ana Karina, Maria Ires Guimarães, está em Belém acompanhando a sessão.

ENTENDA O CASO

Alessandro mantinha relacionamento amoroso com Ana Karina quando a mulher descobriu que estava grávida. Ela cobrou dele que arcasse com os gastos da gravidez e que assumisse a criança, sob ameaça de contar toda a história para Graziela, noiva de Alessandro, caso isso não acontecesse. Foi quando Alessandro começou a arquitetar o assassinato da amante, juntamente de Minego e Magrão, e com conhecimento de Graziela.

Alessandro teria levado Ana Karina às intermediações do Detran em Parauapebas, onde Magrão atirou de pistola contra a grávida, enquanto Minego foi responsável por ocultar o cadáver, em um tonel trazido por Alessandro em sua caminhonete Toyota Hilux.

O corpo de Ana Karina foi colocado no tambor junto de aproximadamente 70 quilos de pedras, e após ter a tampa furada, o compartimento foi jogado de cima da ponte sobre o Rio Itacaiúnas. O autor dos disparos recebeu R$ 5 mil pelo serviço, enquanto seu comparsa recebeu R$ 15 mil em carnes oriundas da fazenda de Alessandro, dono de um açougue no município. (Juliano Corrêa)