Nesta sexta-feira, 29 de janeiro, os bancários das cinco agências do Banco do Brasil em Marabá, iniciaram suas atividades com um protesto como parte das ações do Dia Nacional de Luta contra a Reestruturação do Banco do Brasil, que acontece em todo o País.
Segundo Heidiany Moreno, diretora do Sindicato dos Bancários do Estado do Pará, o Banco do Brasil determinou neste mês a realização de um remodelamento, no qual pretende modificar algumas agências, que deverão se tonar postos de atendimento e outras e outras serão fechadas.
A função de caixa humano, que acontece dentro da agência quando vai fazer um pagamento de boleto ou título, não vai mais existir para o bancário. O gerente, quando achar necessário através de demanda, vai poder abrir ou não esse caixa. “Essa função será extinta na segunda-feira, 1º de fevereiro, então hoje através da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf-CUT) estamos fazendo dia de luta contra essa determinação do governo, que afeta cinco mil bancários que vão perder a função. Além disso, vão fechar 300 agências em todo Brasil”, lamenta Hediane.
Leia mais:Os bancários dessas agências, segundo ela, vão perder sua função e serão remanejados para outras cidades. “Essa agência do Bairro Amapá é uma das que estão marcadas para serem fechadas a partir de segunda-feira. O dia de hoje é para mostrar o absurdo que foi essa determinação do governo para a população”, sustentou.
Hediane relembra que o Banco do Brasil lucrou bilhões em 2020, mesmo com a pandemia, o que para ela não justifica essa reestruturação sob a desculpa de conter gastos.
João Rebelo, caixa da agência que será fechada no Bairro Amapá, avalia que está diante de um sentimento de frustação, porque dedicou muito anos de sua carreira, construiu uma grande afinidade com a população, com os clientes, os quais não sabiam até hoje sobre esse fechamento. “A agência em si está dando lucro, mas mesmo assim o banco acha que é menos importante isso porque eles apenas visam ao lucro. Ele fecha a agência, joga todo mundo para onde ele quiser e a população fica ao deus-dará”.
Cristiano Medina, membro do Movimento dos Atingidos por Barragem, cliente da agência que está sendo fechada, avalia que o ato é crítico, porque estão reduzindo postos de trabalho. “Quando se faz isso, estão aumentando a carga de trabalho para outros, o que é contraditório. Para um pais fechar um banco público ele comete um crime. O atendimento ficará precarizado, ou seja, não só afeta os trabalhadores, mas também os clientes. (Henrique Garcia)