Correio de Carajás

MPF inaugura nova embarcação em Marabá para percorrer Pedral do Lourenção

Servidores do MPF de Marabá em atuação na região do Pedral do Lourenção, no município de Itupiranga Foto: Comunicação MPF/PA

O Ministério Público Federal (MPF) realizou duas audiências públicas e três reuniões complementares para discutir os impactos da derrocagem do Pedral de Lourenção, no Rio Tocantins. A agilidade de atuação do órgão só foi possível graças ao uso de nova embarcação destinada à unidade do órgão em Marabá.

As embarcações, que na prática funcionam como escritórios de representação fluvial, têm auxiliado o MPF no atendimento a comunidades tradicionais e povos indígenas na Amazônia, cujo acesso depende de transporte.

O procurador da República e coordenador da Procuradoria da República em Marabá, Rafael Martins da Silva, destacou que a entrega do barco àquela unidade inaugura uma nova fase na atuação finalística do MPF no Pará.

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“O transporte pelo modal fluvial é uma realidade dos povos da Amazônia e, por isso, muitas localidades não são acessíveis de carro ou possuem sérias restrições de acesso, sobretudo no período chuvoso. Com a disponibilidade dos barcos, os procuradores que atuam nas regiões sul e sudeste do Pará passam, assim, a ter mais uma forma de transporte e de acesso a essas comunidades”, destacou.

Pedral do Lourenção – Possuindo cerca de 43 km de extensão, o Pedral de Lourenção é uma formação rochosa no Rio Tocantins que aflora durante o período de estiagem, impedindo a navegação de embarcações de maior porte. A derrocagem do pedral é uma das obras previstas para a construção da hidrovia Araguaia-Tocantins que, para especialistas, poderá causar sérios impactos ambientais. As comunidades mais afetadas serão as ribeirinhas, que dependem exclusivamente da pesca local para sobrevivência.

No último dia 22 de novembro, o MPF se reuniu com membros de uma dessas comunidades, a Vila Tauri, em Itupiranga, próximo ao Pedral do Lourenção. Após ouvi-los, visitou as composições rochosas sendo guiados pelo presidente da Associação das Comunidades Ribeirinhas do Pedral do Lourenção (Acrevita) e morador da Vila Tauri, Ronaldo Macena. (Fonte: MPF)