Correio de Carajás

Congresso de sustentabilidade, em Parauapebas, abre com autoridades e lideranças indígenas

Evento contou com presença do governador Helder e outras personalidades para discutir gestão de áreas protegidas de Carajás

Mauro Pires, presidente do ICMBio, participou da abertura do Congresso que discute as unidades de conservação da região de Carajás/ fotos: Clein Ferreira

O Congresso de Gestão do Conhecimento e Sociobiodiversidade das Áreas Protegidas de Carajás (CGBio) abriu oficialmente nesta quarta-feira (8), com uma Mesa Solene, que contou com a presença de diversas autoridades nacionais, como Mauro Oliveira Pires, presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio); André Luís Macedo Vieira, chefe do Núcleo de Gestão Integrada do ICMBio; e Darci Lermen (MBD), prefeito de Parauapebas; e o cacique Karangré, liderança indígena dos Xikrin do Cateté. À tarde, o governador do Estado, Helder Barbalho, prestigiou o evento e falou da importância da preservação ambiental e foco no turismo sustentável.

Também se juntaram à mesa a coordenadora geral de povos e comunidades tradicionais na Secretaria Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais e Desenvolvimento Rural Sustentável, Ângela Alves; Daniel Medeiros, diretor de licenciamento da Vale; o secretário de Meio Ambiente de Canaã dos Carajás, Dionísio Coutinho; a diretora de ações socioambientais e consolidação territorial em unidade de conservação, Kátia Torres Ribeiro.

Antes do início da solenidade, os indígenas Xikrin surpreenderam os presentes quando seguiram ao Auditório Flor de Carajás cantando e dançando até a chegada ao centro do evento, onde foram aplaudidos pelo público.

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Darci abriu o evento destacando a importância desses três dias de congresso do ICMBio para os debates sobre sociobiodiversidade, ressaltando a presença dos trabalhos científicos que serão apresentados durante o Congresso, apontando para a futura 30ª Conferência das Partes (COP30) – que deverá ser realizada em Belém – onde as mudanças climáticas serão tema central.

As demais autoridades agradeceram o convite para a programação e reafirmaram sua importância. O cacique Karangré foi o último a falar. Durante seu discurso, destacou a presença dos povos indígenas nessas terras, que foram invadidas pelos colonizadores. O cacique também chamou atenção das autoridades para o reconhecimento do seu povo dentro da região.

A Conferência Magna teve início às 10 horas, logo depois da fala das autoridades e foi mediada pela doutora em Ecologia, Kátia Torres, bióloga mestra e doutora em Ecologia, que colocou frente a frente diversas perspectivas sobre o tema da sociobiodiversidade. No início da sua fala, ela destacou as evidências das mudanças climáticas – pauta que tem sido, cada vez mais, um assunto debatido a nível mundial – e concluiu falando sobre como devemos pensar novas formas de relação com a natureza.

O engenheiro florestal e Ph.D. em Ecologia, Fábio Scarano, trouxe ao debate o tema da sustentabilidade planetária, enquanto o presidente Mauro Pires discutiu sobre o papel do ICMBio na conservação da biodiversidade brasileira. Já o chefe do NGI, André Luís, debateu sobre o plano de conservação estratégico das áreas protegidas de Carajás como instrumento de desenvolvimento socioambiental. (Clein Ferreira)