• ㅤTV CORREIO
  • ㅤRÁDIO
  • ㅤCORREIO DOC
Menu
  • ㅤTV CORREIO
  • ㅤRÁDIO
  • ㅤCORREIO DOC
Pesquisar
Pesquisar
Fechar
ㅤㅤ ㅤㅤ ㅤㅤ ㅤㅤ
CIDADES
POLÍTICA
POLÍCIA
ESPORTES
ENTRETENIMENTO
COLUNISTAS
RONDA POLÍTICA

Se prepare: vai faltar água 10 horas por dia

por Redação
31/08/2017
em Cidades
Se prepare: vai faltar  água 10 horas por dia
30
Visualizações

Quase em clima de terror, a Cosanpa anunciou nesta quarta-feira, 30, racionamento de água para a cidade de Marabá, mesmo com o caudaloso Rio Tocantins apresentando vazão em torno de 1.500 metros cúbicos de água por segundo. É mais que cinco vezes o que o vizinho Rio Itacaiunas está jorrando neste período de seca. E olha que o Itacaiunas já daria conta de abastecer toda a Marabá com sobra.

Mas o mais intrigante é que no mesmo período, nos anos de 2015 e 2016, o nível do rio apresentava volume de água acima do registrado neste período. A empresa alega que a retirada de água na Estação de captação e Tratamento de água é feita dentro de um poço, que é ligado com o rio. Ocorre que esse poço não passou pela ampliação da ETA. Portanto, ele não atende o volume necessário da produção feita no restante da estação, localizada a 500 metros acima da ponte sobre o Rio Tocantins.

É bem verdade que, desde 2015, a bacia do rio Tocantins vem registrando chuvas e vazões abaixo da média. Em função das baixas precipitações, o biênio 2015/2016 foi o de menores vazões no Rio Tocantins já registradas em 86 anos de monitoramento. No último período úmido (chuvoso) da bacia, entre outubro de 2016 e abril de 2017, as vazões do Rio Tocantins foram as menores já verificadas de todo o histórico.

O déficit hídrico na região vem se acumulado em 2017, uma vez que as chuvas têm ficado consideravelmente abaixo da média esperada. Entre outubro de 2016 e agosto de 2017 (dados até o último dia 15), foi registrada somente 47% da média esperada o período. No curto prazo, não são esperadas precipitações com volumes significativos, situação considerada normal para o mês de agosto, que historicamente apresenta poucas chuvas.

Por que, pergunta-se, a Cosanpa só anunciou o racionamento depois que suas bombas apresentaram defeito? Segundo um técnico da concessionária que trabalhou exaustivamente para o conserto das bombas nos últimos dias, uma delas não teve conserto imediato e vai precisar de cuidados por tempo mais demorado. Por isso, a empresa resolveu anunciar o racionamento para justificar o menor volume de água que vai para as residências marabaenses.

Segundo Otávio Barbosa de Sousa, representante do Sindicato dos Urbanitários, os conjuntos motor-bombas são mais potentes e precisam de um volume maior de água. Além disso, eles também necessitam de uma limpeza periódica para retirar resíduos, como areia, concha e outros. “Nós questionamos quando o vice -governador, os ex-deputados João Salame, Bernadete ten Caten e a diretoria da Cosanpa apresentaram o projeto, por que o poço não estava nos panos de ampliação”, diz.

Em nota enviada à Redação do Jornal nesta quarta-feira pela Assessoria de Comunicação da concessionária, a informação era a seguinte: “A Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) informa que haverá racionamento de água nos núcleos Nova Marabá e Cidade Nova, no município de Marabá, sudeste do estado. A Companhia esclarece que a medida é necessária devido ao baixo nível do Rio Tocantins, de onde é feita a captação de água bruta para a Estação de Tratamento de Água da Nova Marabá, que distribui para os dois núcleos.

O abastecimento será suspenso no núcleo Nova Marabá às 22h desta quarta-feira, 30, e retorna a partir das 8h da manhã de quinta-feira, 31; nesse período o núcleo Cidade Nova terá o abastecimento disponível durante toda a noite, ficando suspenso a partir das 8 horas da manhã, quando será feito o movimento inverso para que Nova Marabá comece a receber água, e assim seguirá por 10 horas para cada núcleo. A Cosanpa ainda não sabe precisar por quanto tempo será necessário manter essa medida.

Segundo Ângela Raiol, coordenadora Técnica da Cosanpa em Marabá, “é indispensável que o núcleo Nova Marabá tenha água durante o dia, pois é onde ficam dois grandes hospitais da cidade”.

O presidente em exercício da Cosanpa, Antônio Crisóstomo, pede a compreensão da população de Marabá e esclarece que é a primeira vez que a companhia necessita adotar uma medida extrema desse tipo no município. “O índice pluviométrico foi muito baixo esse ano e nós perdemos 40% da vazão na ETA Marabá, por isso será necessário desligar uma das bombas para não danificar o sistema e isso implicará nesse racionamento de água”.

Segundo José Raimundo Souza, coordenador do 2º Distrito de Meteorologia no Pará, a estiagem já estava prevista para esta época, mas houve um fator surpresa. “Este ano houve uma antecipação desse fenômeno natural e o nível do rio Tocantins baixou 30 dias antes do período esperado”. Ainda segundo José Raimundo, a previsão é que o nível do rio Tocantins só comece a normalizar no mês de outubro, quando a estiagem deve ser amenizada com a volta das chuvas na região”.

Rio Tocantins

Com aproximadamente 2.400 km de extensão, o rio Tocantins é o segundo maior curso d’água 100% brasileiro, ficando atrás somente dos cerca de 2800km do rio São Francisco. O Tocantins nasce entre os municípios goianos de Outo Verde de Goiás e Petrolina de Goiás. Ele também atravessa Tocantins, Maranhão e tem sua foz no Pará perto da capital Belém. O rio também pode ser chamado de Tocantins-Araguaia, por se encontrar com o rio Araguaia. Os dois cursos d’água também dão nome à Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia, que é a maior do Brasil em área de drenagem 100% em território nacional.  Por ser um rio interestadual, a gestão das águas do Tocantins é de responsabilidade da ANA. (Ulisses Pompeu)

Quase em clima de terror, a Cosanpa anunciou nesta quarta-feira, 30, racionamento de água para a cidade de Marabá, mesmo com o caudaloso Rio Tocantins apresentando vazão em torno de 1.500 metros cúbicos de água por segundo. É mais que cinco vezes o que o vizinho Rio Itacaiunas está jorrando neste período de seca. E olha que o Itacaiunas já daria conta de abastecer toda a Marabá com sobra.

Mas o mais intrigante é que no mesmo período, nos anos de 2015 e 2016, o nível do rio apresentava volume de água acima do registrado neste período. A empresa alega que a retirada de água na Estação de captação e Tratamento de água é feita dentro de um poço, que é ligado com o rio. Ocorre que esse poço não passou pela ampliação da ETA. Portanto, ele não atende o volume necessário da produção feita no restante da estação, localizada a 500 metros acima da ponte sobre o Rio Tocantins.

É bem verdade que, desde 2015, a bacia do rio Tocantins vem registrando chuvas e vazões abaixo da média. Em função das baixas precipitações, o biênio 2015/2016 foi o de menores vazões no Rio Tocantins já registradas em 86 anos de monitoramento. No último período úmido (chuvoso) da bacia, entre outubro de 2016 e abril de 2017, as vazões do Rio Tocantins foram as menores já verificadas de todo o histórico.

O déficit hídrico na região vem se acumulado em 2017, uma vez que as chuvas têm ficado consideravelmente abaixo da média esperada. Entre outubro de 2016 e agosto de 2017 (dados até o último dia 15), foi registrada somente 47% da média esperada o período. No curto prazo, não são esperadas precipitações com volumes significativos, situação considerada normal para o mês de agosto, que historicamente apresenta poucas chuvas.

Por que, pergunta-se, a Cosanpa só anunciou o racionamento depois que suas bombas apresentaram defeito? Segundo um técnico da concessionária que trabalhou exaustivamente para o conserto das bombas nos últimos dias, uma delas não teve conserto imediato e vai precisar de cuidados por tempo mais demorado. Por isso, a empresa resolveu anunciar o racionamento para justificar o menor volume de água que vai para as residências marabaenses.

Segundo Otávio Barbosa de Sousa, representante do Sindicato dos Urbanitários, os conjuntos motor-bombas são mais potentes e precisam de um volume maior de água. Além disso, eles também necessitam de uma limpeza periódica para retirar resíduos, como areia, concha e outros. “Nós questionamos quando o vice -governador, os ex-deputados João Salame, Bernadete ten Caten e a diretoria da Cosanpa apresentaram o projeto, por que o poço não estava nos panos de ampliação”, diz.

Em nota enviada à Redação do Jornal nesta quarta-feira pela Assessoria de Comunicação da concessionária, a informação era a seguinte: “A Companhia de Saneamento do Pará (Cosanpa) informa que haverá racionamento de água nos núcleos Nova Marabá e Cidade Nova, no município de Marabá, sudeste do estado. A Companhia esclarece que a medida é necessária devido ao baixo nível do Rio Tocantins, de onde é feita a captação de água bruta para a Estação de Tratamento de Água da Nova Marabá, que distribui para os dois núcleos.

O abastecimento será suspenso no núcleo Nova Marabá às 22h desta quarta-feira, 30, e retorna a partir das 8h da manhã de quinta-feira, 31; nesse período o núcleo Cidade Nova terá o abastecimento disponível durante toda a noite, ficando suspenso a partir das 8 horas da manhã, quando será feito o movimento inverso para que Nova Marabá comece a receber água, e assim seguirá por 10 horas para cada núcleo. A Cosanpa ainda não sabe precisar por quanto tempo será necessário manter essa medida.

Segundo Ângela Raiol, coordenadora Técnica da Cosanpa em Marabá, “é indispensável que o núcleo Nova Marabá tenha água durante o dia, pois é onde ficam dois grandes hospitais da cidade”.

O presidente em exercício da Cosanpa, Antônio Crisóstomo, pede a compreensão da população de Marabá e esclarece que é a primeira vez que a companhia necessita adotar uma medida extrema desse tipo no município. “O índice pluviométrico foi muito baixo esse ano e nós perdemos 40% da vazão na ETA Marabá, por isso será necessário desligar uma das bombas para não danificar o sistema e isso implicará nesse racionamento de água”.

Segundo José Raimundo Souza, coordenador do 2º Distrito de Meteorologia no Pará, a estiagem já estava prevista para esta época, mas houve um fator surpresa. “Este ano houve uma antecipação desse fenômeno natural e o nível do rio Tocantins baixou 30 dias antes do período esperado”. Ainda segundo José Raimundo, a previsão é que o nível do rio Tocantins só comece a normalizar no mês de outubro, quando a estiagem deve ser amenizada com a volta das chuvas na região”.

Rio Tocantins

Com aproximadamente 2.400 km de extensão, o rio Tocantins é o segundo maior curso d’água 100% brasileiro, ficando atrás somente dos cerca de 2800km do rio São Francisco. O Tocantins nasce entre os municípios goianos de Outo Verde de Goiás e Petrolina de Goiás. Ele também atravessa Tocantins, Maranhão e tem sua foz no Pará perto da capital Belém. O rio também pode ser chamado de Tocantins-Araguaia, por se encontrar com o rio Araguaia. Os dois cursos d’água também dão nome à Região Hidrográfica do Tocantins-Araguaia, que é a maior do Brasil em área de drenagem 100% em território nacional.  Por ser um rio interestadual, a gestão das águas do Tocantins é de responsabilidade da ANA. (Ulisses Pompeu)

Comentários
Tags: cidades
Matéria anterior

Marabá também sofre com falta de medicamentos

Próxima matéria

Plenária seleciona propostas para conferência estadual

RelacionadaMatérias

Ocupação de UTIs chega ao pior nível da pandemia, diz Fiocruz
Cidades

Ocupação de UTIs chega ao pior nível da pandemia, diz Fiocruz

26/02/2021
76
Estados e municípios poderão pegar mais R$ 20 bi em empréstimos
Cidades

Estados e municípios poderão pegar mais R$ 20 bi em empréstimos

26/02/2021
27
MP de Marabá vai à Justiça para garantir vacina a idosos
Cidades

MP de Marabá vai à Justiça para garantir vacina a idosos

26/02/2021
180
Próxima matéria
Plenária seleciona propostas para conferência estadual

Plenária seleciona propostas para conferência estadual

Discussion about this post

Fale conosco

Anuncie no site

94 99212 4484

Facebook
Instagram
Twitter
Youtube

Correio de Carajás - Todos os direitos reservados | 2019