Correio de Carajás

Tradições indígenas no centro de São Félix do Xingu

Redes, mochilas, toucas, pulseiras e apanhadores de sonho podem ser vistos na tenda de Diego Males, da comunidade indígena La Companhia, localizada a cerca de duas horas de Quito. Descendente direto dos Incas, o índio expõe os trabalhos manuais e se apresenta como músico. Tira da flauta pan um som característico, que na manhã desta terça foi a música de fundo dos visitantes da praça. Muita gente passa e fica curiosa para saber de onde vem aquela melodia, típica dos Andes.

“É a primeira vez que participamos da Semana dos Povos Indígenas em São Félix do Xingu. Ficamos impressionados em ver a força das tribos locais e a capacidade dos governantes de mobilizar tantas aldeias. Para nós, é uma honra poder estar lado a lado com esses irmãos”, disse Diego, que veio com um primo e irmã. O próximo destino é Brasília, onde participam, na próxima semana, do Acampamento Terra Livre, encontro de índios de todo o Brasil, promovida pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) em parceria com movimentos sociais.

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Aprendizado

Na Praça do Triângulo, outra ação são as oficinas de arte e ofício da Fundação Cultural do Pará (FCP). Uma equipe de cinco instrutores, todos artistas visuais, organiza o trabalho, que recebe cerca de 30 índios por dia. Eles botam a mão na massa – ou, nesse caso, na tinta – e aprendem as técnicas de estamparia, desenho, serigrafia e pintura. O estímulo à criatividade é tão bem-vindo que os cursos são uma das atividades mais procuradas pelos indígenas durante o evento. “Eles gostam muito. Vêm aqui e acabam aprimorando o que já sabem, uma vez que trabalham com pintura nas aldeias”, contou a instrutora Carla Beltrão.

#ANUNCIO

Para Beyan Kayapó, da aldeia Apêxti, às margens do Rio Fresco, em São Félix do Xingu, a estamparia é uma paixão. Tanto que todo ano ele participa das oficinas da FCP. Os trabalhos produzidos durante o curso viram artigos de decoração. “Fazemos muitos trabalhos manuais, usando os conhecimentos repassados por gerações. Quando esse tipo de atividade chega aqui, é a oportunidade para unir o nosso conhecimento a outro saber. É muito gratificante aprender a fazer algo belo”, assinalou o índio, que já viajou o Brasil vendendo artesanato.

Muita gente foi à praça nesta manhã para receber a célebre pintura corporal do povo Kayapó, um símbolo, ao lado do artesanato. Os desenhos são diversos e representam, em alguns casos, animais da floresta. Onça, cobra, jaboti e peixe estão ali nos traços desenhados em papel que, após escolhidos, são aplicados na pele, uma prática apenas das mulheres, já que são elas que pintam os corpos dos homens antes da caça ou mesmo da guerra. É só sentar no banquinho e, em cerca de 20 minutos, o corpo está devidamente adornado. A durabilidade da tinta é de 15 dias, em média.

(Agência Pará)

Redes, mochilas, toucas, pulseiras e apanhadores de sonho podem ser vistos na tenda de Diego Males, da comunidade indígena La Companhia, localizada a cerca de duas horas de Quito. Descendente direto dos Incas, o índio expõe os trabalhos manuais e se apresenta como músico. Tira da flauta pan um som característico, que na manhã desta terça foi a música de fundo dos visitantes da praça. Muita gente passa e fica curiosa para saber de onde vem aquela melodia, típica dos Andes.

“É a primeira vez que participamos da Semana dos Povos Indígenas em São Félix do Xingu. Ficamos impressionados em ver a força das tribos locais e a capacidade dos governantes de mobilizar tantas aldeias. Para nós, é uma honra poder estar lado a lado com esses irmãos”, disse Diego, que veio com um primo e irmã. O próximo destino é Brasília, onde participam, na próxima semana, do Acampamento Terra Livre, encontro de índios de todo o Brasil, promovida pela Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib) em parceria com movimentos sociais.

Aprendizado

Na Praça do Triângulo, outra ação são as oficinas de arte e ofício da Fundação Cultural do Pará (FCP). Uma equipe de cinco instrutores, todos artistas visuais, organiza o trabalho, que recebe cerca de 30 índios por dia. Eles botam a mão na massa – ou, nesse caso, na tinta – e aprendem as técnicas de estamparia, desenho, serigrafia e pintura. O estímulo à criatividade é tão bem-vindo que os cursos são uma das atividades mais procuradas pelos indígenas durante o evento. “Eles gostam muito. Vêm aqui e acabam aprimorando o que já sabem, uma vez que trabalham com pintura nas aldeias”, contou a instrutora Carla Beltrão.

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Para Beyan Kayapó, da aldeia Apêxti, às margens do Rio Fresco, em São Félix do Xingu, a estamparia é uma paixão. Tanto que todo ano ele participa das oficinas da FCP. Os trabalhos produzidos durante o curso viram artigos de decoração. “Fazemos muitos trabalhos manuais, usando os conhecimentos repassados por gerações. Quando esse tipo de atividade chega aqui, é a oportunidade para unir o nosso conhecimento a outro saber. É muito gratificante aprender a fazer algo belo”, assinalou o índio, que já viajou o Brasil vendendo artesanato.

Muita gente foi à praça nesta manhã para receber a célebre pintura corporal do povo Kayapó, um símbolo, ao lado do artesanato. Os desenhos são diversos e representam, em alguns casos, animais da floresta. Onça, cobra, jaboti e peixe estão ali nos traços desenhados em papel que, após escolhidos, são aplicados na pele, uma prática apenas das mulheres, já que são elas que pintam os corpos dos homens antes da caça ou mesmo da guerra. É só sentar no banquinho e, em cerca de 20 minutos, o corpo está devidamente adornado. A durabilidade da tinta é de 15 dias, em média.

(Agência Pará)