Correio de Carajás

Tecnologia no combate a roubos

A prisão de uma quadrilha na semana passada na Rodovia Transamazônica, logo após atacar um caminhão baú que prestava serviços para os Correios, fazendo entrega de encomendas de compras feitas pela Internet, revelou o quanto as empresas estão investindo em tecnologia para diminuir os prejuízos provocados por salteadores, sobretudo em regiões onde grassa a bandidagem devido ao abandono do Estado, como é o caso do trecho da Rodovia Transamazônica, entre Marabá e Anapu.

Há muita coisa sobre a tecnologia que não pode ser revelada sob pena de os criminosos encontrarem um antídoto para burlar o sistema e lograr êxito nos ataques aos caminhões. Mas em geral as empresas monitoram seus veículos por meio de um sistema de rastreamento, cuja central, neste caso específico, fica em São Paulo e monitora mais de 200 caminhões.

#ANUNCIO

Leia mais:

Travas nas portas do caminhão indicam quando o motorista sai ou entra do veículo ou ainda se ele parou em lugar não previsto na rota, até mesmo para ir ao banheiro ou para se alimentar durante a viagem. Além disso, as portas do baú só podem ser abertas no destino final, que geralmente é a agência dos Correios da cidade onde os produtos vão ser entregues. Mas isso não é tudo: a reportagem apurou que até mesmo algumas mercadorias possuem sensores.

Diante de todas essas precauções, quando um caminhão é assaltado e a carga é violada, a central toma conhecimento em poucos minutos e consegue fazer um registro fotográfico via satélite com a posição quase exata da localização do veículo (com margem de erro de 1 km em média) e as unidades policiais mais próximas são acionadas por telefone.

Tudo isso significa que independentemente do comportamento dos motoristas, cedo ou tarde, o roubo é descoberto e existe uma grande possibilidade de os bandidos serem presos ou, na pior das hipóteses, o caminhão é encontrado em pouco espaço de tempo. Mesmo se houver algum motorista que esteja agindo de má fé, em conluio com os assaltantes, isso não impedirá que o veículo seja localizado.

No caso da última prisão, semana passada quando sete acusados foram presos, os registros feitos pela central de monitoramento – aos quais o jornal teve acesso – mostram que as portas foram abertas às 7h57 da manhã e 33 minutos depois os sete acusados já estavam dominados pela polícia.

Um caminhoneiro que pediu para não ser identificado observa que os assaltos são comuns nesse trecho da Transamazônica. Ele mesmo já foi assaltado nove vezes em um ano, e em um desses casos os criminosos o abordaram no Km 9 da Rodovia Transamazônica, nas proximidades do estádio de futebol que está em construção, quase dentro do perímetro urbano.

Outro motorista revelou que o trecho mais complicado fica entre as cidades de Pacajá e Anapu, que é justamente onde se concentra a maior parte das quadrilhas que atuam na região. Segundo o que apurou a reportagem, em conversas informais com motoristas, são pelo menos seis ou sete quadrilhas que atuam na região e cada uma tem um cabeça, que recruta salteadores nas periferias dessas cidades.

Saiba Mais

Se de um lado as empresas se armam de ferramentas que procuram dificultar a ação dos assaltantes, por outro, os criminosos também dispõem de dispositivos para fazer frente à segurança das empresas, são os famosos “chupa-cabra”, que conseguem – nalguns casos – destravar as portas sem acionar os alarmes na central. Ou seja, para além do contato físico e das pistolas e revólveres nos assaltos, existe uma disputa no campo da informática, uma guerra de hardwares e softwares.

 

 

Foto: Reprodução

A prisão de uma quadrilha na semana passada na Rodovia Transamazônica, logo após atacar um caminhão baú que prestava serviços para os Correios, fazendo entrega de encomendas de compras feitas pela Internet, revelou o quanto as empresas estão investindo em tecnologia para diminuir os prejuízos provocados por salteadores, sobretudo em regiões onde grassa a bandidagem devido ao abandono do Estado, como é o caso do trecho da Rodovia Transamazônica, entre Marabá e Anapu.

Há muita coisa sobre a tecnologia que não pode ser revelada sob pena de os criminosos encontrarem um antídoto para burlar o sistema e lograr êxito nos ataques aos caminhões. Mas em geral as empresas monitoram seus veículos por meio de um sistema de rastreamento, cuja central, neste caso específico, fica em São Paulo e monitora mais de 200 caminhões.

#ANUNCIO

Travas nas portas do caminhão indicam quando o motorista sai ou entra do veículo ou ainda se ele parou em lugar não previsto na rota, até mesmo para ir ao banheiro ou para se alimentar durante a viagem. Além disso, as portas do baú só podem ser abertas no destino final, que geralmente é a agência dos Correios da cidade onde os produtos vão ser entregues. Mas isso não é tudo: a reportagem apurou que até mesmo algumas mercadorias possuem sensores.

Diante de todas essas precauções, quando um caminhão é assaltado e a carga é violada, a central toma conhecimento em poucos minutos e consegue fazer um registro fotográfico via satélite com a posição quase exata da localização do veículo (com margem de erro de 1 km em média) e as unidades policiais mais próximas são acionadas por telefone.

Tudo isso significa que independentemente do comportamento dos motoristas, cedo ou tarde, o roubo é descoberto e existe uma grande possibilidade de os bandidos serem presos ou, na pior das hipóteses, o caminhão é encontrado em pouco espaço de tempo. Mesmo se houver algum motorista que esteja agindo de má fé, em conluio com os assaltantes, isso não impedirá que o veículo seja localizado.

No caso da última prisão, semana passada quando sete acusados foram presos, os registros feitos pela central de monitoramento – aos quais o jornal teve acesso – mostram que as portas foram abertas às 7h57 da manhã e 33 minutos depois os sete acusados já estavam dominados pela polícia.

Um caminhoneiro que pediu para não ser identificado observa que os assaltos são comuns nesse trecho da Transamazônica. Ele mesmo já foi assaltado nove vezes em um ano, e em um desses casos os criminosos o abordaram no Km 9 da Rodovia Transamazônica, nas proximidades do estádio de futebol que está em construção, quase dentro do perímetro urbano.

Outro motorista revelou que o trecho mais complicado fica entre as cidades de Pacajá e Anapu, que é justamente onde se concentra a maior parte das quadrilhas que atuam na região. Segundo o que apurou a reportagem, em conversas informais com motoristas, são pelo menos seis ou sete quadrilhas que atuam na região e cada uma tem um cabeça, que recruta salteadores nas periferias dessas cidades.

Saiba Mais

Se de um lado as empresas se armam de ferramentas que procuram dificultar a ação dos assaltantes, por outro, os criminosos também dispõem de dispositivos para fazer frente à segurança das empresas, são os famosos “chupa-cabra”, que conseguem – nalguns casos – destravar as portas sem acionar os alarmes na central. Ou seja, para além do contato físico e das pistolas e revólveres nos assaltos, existe uma disputa no campo da informática, uma guerra de hardwares e softwares.

 

 

Foto: Reprodução