Correio de Carajás

Rios continuam subindo e atingem 2 mil famílias em Marabá

Apesar da Eletronorte estar emitindo boletins constantes nos quais afirma que a previsão é de baixa dos rios Tocantins e Itacaiunas – com base na vazão – os pontos de enchente de Marabá mostram que, na prática, a coisa está bem diferente.

Os níveis sobem rapidamente e famílias de áreas onde não é comum a água chegar – como na Folha 33, Nova Marabá – estão tendo que deixar rapidamente suas residências e procurar abrigos públicos ou a casa de parentes e amigos para se alojar.

As previsões da Eletronorte não levam em consideração as chuvas. Ontem, quinta-feira (12), o Clima Tempo divulgou que as chuvas não param no Norte do Brasil. O Instituto Nacional de Meteorologia registrou 137,4 mm em apenas 2 horas de chuva no começo da madrugada em Paragominas. O total acumulado entre 23 horas da quarta, 11, e 6 horas do dia 12 de abril foi de 151,4 mm.

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Em Rondon do Pará, por exemplo, choveu 133,4 mm entre 23 horas do dia 11 e 13 horas do dia 12 de abril, segundo o órgão. A previsão é de mais chuva sobre o Pará nos próximos dias. Conforme o Clima Tempo, o excesso de umidade e de calor e a presença da Zona de Convergência Intertropical sobre na costa norte do Brasil, estimulam o crescimento de muitas nuvens carregadas sobre todos os estados nortistas.

A previsão é de que pancadas de chuva continuem frequentes nos próximos dias e podem ser fortes. Há, ainda, risco de temporais. O Pará está entre áreas do país que vão receber os maiores volumes de chuva até o dia 17 deste mês.

SOCORRO

O major Paulo César, do Corpo de Bombeiros, informou nesta manhã que Marabá já está entrando no terceiro mês de enchentes e uma operação em conjunto foi montada para atender todas as famílias atingidas. “Temos atuado diretamente com a Prefeitura Municipal de Marabá, através da Defesa Civil e Secretaria Municipal de Assistência Social, bem como com o Exército Brasileiro”, explica o Major.

Com o volume de água subindo cada vez mais, atualmente estão sendo retiradas em média 120 famílias por dia, que são levadas para abrigos ou casa de parentes. “Estamos com um total de aproximadamente 2 mil famílias atingidas em Marabá. Destas, 450 estão em abrigos oficiais da Prefeitura, que chamamos de desabrigados”.

O Corpo de Bombeiros informa, ainda, que este comportamento do rio vem sendo observado ao longo dos últimos oito anos, mas agora, em 2018, a cota de aumento foi bem maior. “Continuamos com viaturas, juntamente com o Exército e caminhões alugados pela Prefeitura, atendendo toda a população que está sendo atingida pela cheia dos rios”, afirma.

O Correio de Carajás passou o dia a procura do chefe da Defesa Civil do município, Jairo Milhomem, sem localizá-lo. Ao final da tarde, a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Marabá encaminhou nota à Redação, afirmando que os dados oficiais apontam que há 1.700 famílias desabrigadas, 300 a menos que o divugado pelo Corpo de Bombeiros. Segue a nota, na íntegra:

“O nível do rio chegou na manhã de hoje a 11,94 metros. Algumas zonas da cidade estão alagadas, principalmente parte do Bairro Santa Rosa, Bairro Independência e Liberdade e parte do Núcleo São Félix, além da orla que está parcialmente alagada. O número de famílias desabrigadas chega a 1700 distribuídas em seis pontos de acolhimento. A Defesa Civil está expandindo alguns abrigos e criando novos pontos para atender à população desalojada. Todos estão recebendo água mineral, cestas básicas, quites de higiene pessoal, gás de cozinha e assistência médica. Vinte e dois caminhões estão em ação fazendo o transporte dessas famílias, incluindo veículos do Exército, Bombeiros e caminhões alugados pela Prefeitura. Cerca de 200 pessoas estão envolvidas na operação”. (Ana Mangas)

Editado às 17h35 para acréscimo do posicionamento da PMM

 

Apesar da Eletronorte estar emitindo boletins constantes nos quais afirma que a previsão é de baixa dos rios Tocantins e Itacaiunas – com base na vazão – os pontos de enchente de Marabá mostram que, na prática, a coisa está bem diferente.

Os níveis sobem rapidamente e famílias de áreas onde não é comum a água chegar – como na Folha 33, Nova Marabá – estão tendo que deixar rapidamente suas residências e procurar abrigos públicos ou a casa de parentes e amigos para se alojar.

As previsões da Eletronorte não levam em consideração as chuvas. Ontem, quinta-feira (12), o Clima Tempo divulgou que as chuvas não param no Norte do Brasil. O Instituto Nacional de Meteorologia registrou 137,4 mm em apenas 2 horas de chuva no começo da madrugada em Paragominas. O total acumulado entre 23 horas da quarta, 11, e 6 horas do dia 12 de abril foi de 151,4 mm.

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Em Rondon do Pará, por exemplo, choveu 133,4 mm entre 23 horas do dia 11 e 13 horas do dia 12 de abril, segundo o órgão. A previsão é de mais chuva sobre o Pará nos próximos dias. Conforme o Clima Tempo, o excesso de umidade e de calor e a presença da Zona de Convergência Intertropical sobre na costa norte do Brasil, estimulam o crescimento de muitas nuvens carregadas sobre todos os estados nortistas.

A previsão é de que pancadas de chuva continuem frequentes nos próximos dias e podem ser fortes. Há, ainda, risco de temporais. O Pará está entre áreas do país que vão receber os maiores volumes de chuva até o dia 17 deste mês.

SOCORRO

O major Paulo César, do Corpo de Bombeiros, informou nesta manhã que Marabá já está entrando no terceiro mês de enchentes e uma operação em conjunto foi montada para atender todas as famílias atingidas. “Temos atuado diretamente com a Prefeitura Municipal de Marabá, através da Defesa Civil e Secretaria Municipal de Assistência Social, bem como com o Exército Brasileiro”, explica o Major.

Com o volume de água subindo cada vez mais, atualmente estão sendo retiradas em média 120 famílias por dia, que são levadas para abrigos ou casa de parentes. “Estamos com um total de aproximadamente 2 mil famílias atingidas em Marabá. Destas, 450 estão em abrigos oficiais da Prefeitura, que chamamos de desabrigados”.

O Corpo de Bombeiros informa, ainda, que este comportamento do rio vem sendo observado ao longo dos últimos oito anos, mas agora, em 2018, a cota de aumento foi bem maior. “Continuamos com viaturas, juntamente com o Exército e caminhões alugados pela Prefeitura, atendendo toda a população que está sendo atingida pela cheia dos rios”, afirma.

O Correio de Carajás passou o dia a procura do chefe da Defesa Civil do município, Jairo Milhomem, sem localizá-lo. Ao final da tarde, a assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de Marabá encaminhou nota à Redação, afirmando que os dados oficiais apontam que há 1.700 famílias desabrigadas, 300 a menos que o divugado pelo Corpo de Bombeiros. Segue a nota, na íntegra:

“O nível do rio chegou na manhã de hoje a 11,94 metros. Algumas zonas da cidade estão alagadas, principalmente parte do Bairro Santa Rosa, Bairro Independência e Liberdade e parte do Núcleo São Félix, além da orla que está parcialmente alagada. O número de famílias desabrigadas chega a 1700 distribuídas em seis pontos de acolhimento. A Defesa Civil está expandindo alguns abrigos e criando novos pontos para atender à população desalojada. Todos estão recebendo água mineral, cestas básicas, quites de higiene pessoal, gás de cozinha e assistência médica. Vinte e dois caminhões estão em ação fazendo o transporte dessas famílias, incluindo veículos do Exército, Bombeiros e caminhões alugados pela Prefeitura. Cerca de 200 pessoas estão envolvidas na operação”. (Ana Mangas)

Editado às 17h35 para acréscimo do posicionamento da PMM