Correio de Carajás

Reintegrações: ruralistas confiam na Justiça

Apesar da decisão do juiz José Amarildo Mazutti, titular da Vara Agrária de Marabá, de adiar o cumprimento de reintegrações de posse em das fazendas Cedro, onde está localizado o Acampamento Helenira Resende; e Santa Tereza, onde fica o Acampamento Hugo Chaves, ambas nesta região, a classe ruralista local se diz confiante na atuação do Poder Judiciário e aguardará pacientemente o cumprimento das liminares de reintegração de posse emitidas pelo próprio Mazutti.

A informação foi repassada pelos pecuaristas Antonio Vieira Caetano e Fredson Miranda, que são respectivamente presidente e diretor do Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá (SPRM). Eles estiveram na Redação do Jornal Correio para falar sobre as reintegrações.

Os pecuaristas tiveram uma reunião com Mário Mazutti, logo depois que ele confirmou o adiamento das reintegrações de posse, após se reunir com representantes das famílias de sem-terra que ocupam as áreas. Àquela altura, os pecuaristas imaginavam que as ações estavam suspensas e não apenas adiadas, mas foi na conversa com o magistrado que eles receberam a informação de que as liminares serão cumpridas.

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“A gente acredita e confia na Justiça”, resume Antonio Caetano, o popular “Neném do Manelão”. Segundo ele, a preocupação dos ruralistas naquele momento se deveu ao fato de que costuma haver demora para se conseguir decisões de reintegração de posse, primeiro por parte do Judiciário, que exige toda a documentação dos pecuaristas, como tem que ser; e depois pela estrutura que o Estado precisa demandar para fazer a decisão ser cumprida, o que implica em mais tempo e em gastos para o Estado, por isso eles decidiram perguntar ao magistrado o que havia realmente acontecido, e este esclareceu tudo a elas.

Amarildo Mazutti explicou aos pecuaristas que as reintegrações devem ser realizadas dentre os dias 27 deste mês e 13 de dezembro. Mas não ficou definido qual área será desocupada primeiro, segundo informou “Neném do Manelão”.

O pecuarista explica ainda que o sindicato por ele presidido tem o dever de dar atenção à demanda dos seus associados, velando pelo direito de todos eles, por isso ele foi procurar o juiz da Vara Agrária. “Cada um sofre a pressão de um lado. O juiz é pressionado pelos movimentos, pelas universidades, pela igreja, e nós também somos pressionados pelos produtores, pelos proprietários que estão tentando rever o seu patrimônio”, explica.

“Neném do Manelão” reafirma que o sindicato, ao conversar com o magistrado, está apenas exercendo seu direito legal. “Nós não fizemos nenhuma pressão. Nós só estamos tentando levar uma resposta para o nosso produtor e para esses proprietários. Mas jamais queremos pressionar ninguém. Só buscamos uma resposta”, resume o pecuarista, acrescentando que o produtor pode ficar tranquilo porque o sindicato está lutando e a Justiça será feita mais cedo ou mais tarde.

(Chagas Filho)

 

Apesar da decisão do juiz José Amarildo Mazutti, titular da Vara Agrária de Marabá, de adiar o cumprimento de reintegrações de posse em das fazendas Cedro, onde está localizado o Acampamento Helenira Resende; e Santa Tereza, onde fica o Acampamento Hugo Chaves, ambas nesta região, a classe ruralista local se diz confiante na atuação do Poder Judiciário e aguardará pacientemente o cumprimento das liminares de reintegração de posse emitidas pelo próprio Mazutti.

A informação foi repassada pelos pecuaristas Antonio Vieira Caetano e Fredson Miranda, que são respectivamente presidente e diretor do Sindicato dos Produtores Rurais de Marabá (SPRM). Eles estiveram na Redação do Jornal Correio para falar sobre as reintegrações.

Os pecuaristas tiveram uma reunião com Mário Mazutti, logo depois que ele confirmou o adiamento das reintegrações de posse, após se reunir com representantes das famílias de sem-terra que ocupam as áreas. Àquela altura, os pecuaristas imaginavam que as ações estavam suspensas e não apenas adiadas, mas foi na conversa com o magistrado que eles receberam a informação de que as liminares serão cumpridas.

“A gente acredita e confia na Justiça”, resume Antonio Caetano, o popular “Neném do Manelão”. Segundo ele, a preocupação dos ruralistas naquele momento se deveu ao fato de que costuma haver demora para se conseguir decisões de reintegração de posse, primeiro por parte do Judiciário, que exige toda a documentação dos pecuaristas, como tem que ser; e depois pela estrutura que o Estado precisa demandar para fazer a decisão ser cumprida, o que implica em mais tempo e em gastos para o Estado, por isso eles decidiram perguntar ao magistrado o que havia realmente acontecido, e este esclareceu tudo a elas.

Amarildo Mazutti explicou aos pecuaristas que as reintegrações devem ser realizadas dentre os dias 27 deste mês e 13 de dezembro. Mas não ficou definido qual área será desocupada primeiro, segundo informou “Neném do Manelão”.

O pecuarista explica ainda que o sindicato por ele presidido tem o dever de dar atenção à demanda dos seus associados, velando pelo direito de todos eles, por isso ele foi procurar o juiz da Vara Agrária. “Cada um sofre a pressão de um lado. O juiz é pressionado pelos movimentos, pelas universidades, pela igreja, e nós também somos pressionados pelos produtores, pelos proprietários que estão tentando rever o seu patrimônio”, explica.

“Neném do Manelão” reafirma que o sindicato, ao conversar com o magistrado, está apenas exercendo seu direito legal. “Nós não fizemos nenhuma pressão. Nós só estamos tentando levar uma resposta para o nosso produtor e para esses proprietários. Mas jamais queremos pressionar ninguém. Só buscamos uma resposta”, resume o pecuarista, acrescentando que o produtor pode ficar tranquilo porque o sindicato está lutando e a Justiça será feita mais cedo ou mais tarde.

(Chagas Filho)