Correio de Carajás

Mulheres caminham contra a violência em Marabá

Na manhã de hoje (5), centenas de pessoas levantaram cartazes que pediam mais proteção para as mulheres em Marabá. O ato “Basta de violência contra a mulher” reuniu aproximadamente 200 participantes e contou com discursos inflamados de representantes de movimentos feministas da cidade. A concentração dos caminhantes aconteceu em frente ao Palacete Augusto Dias (sede da antiga Câmara Municipal), e a partir das 9 horas todos seguiram pelas ruas da Marabá Pioneira pedindo por justiça.

“Nós temos aqui um número significativo de pessoas, porque temos famílias de mulheres que foram assassinadas nos últimos meses, vítimas de feminicídio. Famílias que estão desesperadas e despertaram que a dor chega à casa de todos. E essas mulheres, enquanto sociedade, estão clamando para a comunidade se unir a elas, comungar do luto, da dor e do direito à vida”, declarou a advogada Cláudia Chini, representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Condim (Conselho dos Direitos da Mulher de Marabá).

Ela acrescentou que é preciso de mais atuação do legislativo na cidade, para que fiscalizem a gestão municipal para garantir as políticas públicas voltadas para as mulheres. “E nós vamos continuar lutando até que haja a atuação efetiva do legislativo, do executivo e do judiciário na nossa cidade e região. Porque as mulheres da zona rural estão completamente desguarnecidas. E se aqui, dentro da nossa cidade, a mortandade e agressões estão absurdas, vocês imaginem como é que está acontecendo na zona rural”, enfatizou.

Leia mais:

Além das mulheres, homens e crianças, simpatizantes do movimento, também caminharam nesta quinta (5), com faixas escritas a mão e que informavam o número para denunciar os atos de violência contra as mulheres, o 190. Na metade do percurso, os participantes deram espaço à apresentação artísticas das integrantes do coletivo de teatro Madalenas Tuíra. Durante o evento, elas dançaram, cantaram e recitaram um poema que retratava a realidade da mulher marabaense.

“Essa apresentação traz uma música que para muitas pessoas presentes pode ser tida como se a mulher não quisesse mais casar, ser de casa, ter filhos e apenas viver só. Mas é isso mesmo, ela [música] fala sobre a mulher ter liberdade de querer casar e ter filho ou não”, declarou Adrilene Carvalho Gonçalves, estudante e participante do movimento teatral.

A passeata seguiu até o fim da Avenida Antônio Maia e retornou ao ponto de partida, em frente à antiga sede da Câmara de Marabá, às 10h30. Também estiveram no movimento as três vereadores mulheres de Marabá, Irismar Araújo, Cristina Mutran e Priscila Veloso. (Nathália Viegas)

 

 

 

 

Na manhã de hoje (5), centenas de pessoas levantaram cartazes que pediam mais proteção para as mulheres em Marabá. O ato “Basta de violência contra a mulher” reuniu aproximadamente 200 participantes e contou com discursos inflamados de representantes de movimentos feministas da cidade. A concentração dos caminhantes aconteceu em frente ao Palacete Augusto Dias (sede da antiga Câmara Municipal), e a partir das 9 horas todos seguiram pelas ruas da Marabá Pioneira pedindo por justiça.

“Nós temos aqui um número significativo de pessoas, porque temos famílias de mulheres que foram assassinadas nos últimos meses, vítimas de feminicídio. Famílias que estão desesperadas e despertaram que a dor chega à casa de todos. E essas mulheres, enquanto sociedade, estão clamando para a comunidade se unir a elas, comungar do luto, da dor e do direito à vida”, declarou a advogada Cláudia Chini, representante da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Condim (Conselho dos Direitos da Mulher de Marabá).

Ela acrescentou que é preciso de mais atuação do legislativo na cidade, para que fiscalizem a gestão municipal para garantir as políticas públicas voltadas para as mulheres. “E nós vamos continuar lutando até que haja a atuação efetiva do legislativo, do executivo e do judiciário na nossa cidade e região. Porque as mulheres da zona rural estão completamente desguarnecidas. E se aqui, dentro da nossa cidade, a mortandade e agressões estão absurdas, vocês imaginem como é que está acontecendo na zona rural”, enfatizou.

Além das mulheres, homens e crianças, simpatizantes do movimento, também caminharam nesta quinta (5), com faixas escritas a mão e que informavam o número para denunciar os atos de violência contra as mulheres, o 190. Na metade do percurso, os participantes deram espaço à apresentação artísticas das integrantes do coletivo de teatro Madalenas Tuíra. Durante o evento, elas dançaram, cantaram e recitaram um poema que retratava a realidade da mulher marabaense.

“Essa apresentação traz uma música que para muitas pessoas presentes pode ser tida como se a mulher não quisesse mais casar, ser de casa, ter filhos e apenas viver só. Mas é isso mesmo, ela [música] fala sobre a mulher ter liberdade de querer casar e ter filho ou não”, declarou Adrilene Carvalho Gonçalves, estudante e participante do movimento teatral.

A passeata seguiu até o fim da Avenida Antônio Maia e retornou ao ponto de partida, em frente à antiga sede da Câmara de Marabá, às 10h30. Também estiveram no movimento as três vereadores mulheres de Marabá, Irismar Araújo, Cristina Mutran e Priscila Veloso. (Nathália Viegas)