Correio de Carajás

JBS leva a melhor em queda de braço

Forçados por decisão judicial, os motoristas de caminhões boiadeiros desmobilizaram no final da tarde desta sexta-feira (17) mobilização que já durava três dias em frente à unidade da JBS S.A. localizada no Distrito Industrial de Marabá. Os caminhoneiros reclamam da falta de reajuste no frete e de más condições de trabalho no local.

Procurada pelo Correio na tarde desta sexta-feira (17), a JBS esclareceu que os manifestantes são ligados a uma empresa terceirizada que presta serviços ao frigorífico e não se trata de colaboradores ou fornecedores diretos da companhia. “A JBS esclarece também que a unidade segue operando normalmente”, informou a assessoria de comunicação. O nome da terceirizada não foi divulgado.

O caminhoneiro Maicon Lopes afirma que mais de 200 caminhoneiros transportam gado vivo para a unidade de várias regiões do Estado do Pará, em um raio de aproximadamente 500 quilômetros. Conforme ele, há cerca de um ano e meio não é oferecido reajuste do frete, sendo que o litro do óleo diesel aumentou mais de R$ 1,50 no mesmo período.

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“Não somos respeitados pela empresa JBS. Não é coisa que se faça porque somos trabalhadores, não somos uma raça de vagabundos. A gente trabalha e quer ganhar pelo nosso trabalho”, declarou, acrescentando que o trabalho dos profissionais não é reconhecido e afirmando que quando os motoristas reclamam junto à empresa são ameaçados de serem cortados da lista de transportadores.

“Não tem mais condições de trabalhar, não estamos sendo respeitados e nem tendo voz aqui. Um motorista lá dentro não tem um banheiro que preste, um bebedouro que preste, a gente tem que sentar no meio do barro. Ficamos horas e horas aguardando para descarregar o boi sendo que estamos dentro da empresa. Já ficamos cinco horas carregados dentro da empresa, cansados, sem café da manhã e sem almoço”, reitera.

Sobre a ordem judicial que os retirou da frente da unidade, onde impediam que qualquer carga transportando animais entrasse, o caminhoneiro afirma que funcionários da empresa ainda ‘debocharam’ dos manifestantes. “Não conseguimos nada, conseguiram uma ordem judicial e passaram rindo da nossa cara. Tratam a gente com deboche. Acham bom”, desabafa.

A JBS havia concedido férias coletivas de 20 dias para os funcionários da unidade no dia 23 de outubro. O trabalho foi retomado na última segunda-feira, dia 13. O grupo informou que a paralisação temporária na planta de Marabá e Redenção – que ocorreu em data diferenciada – se deu por baixa disponibilidade de matéria-prima na região, em decorrência da seca e das queimadas. (Luciana Marschall com informações de Josseli Carvalho)

 

Forçados por decisão judicial, os motoristas de caminhões boiadeiros desmobilizaram no final da tarde desta sexta-feira (17) mobilização que já durava três dias em frente à unidade da JBS S.A. localizada no Distrito Industrial de Marabá. Os caminhoneiros reclamam da falta de reajuste no frete e de más condições de trabalho no local.

Procurada pelo Correio na tarde desta sexta-feira (17), a JBS esclareceu que os manifestantes são ligados a uma empresa terceirizada que presta serviços ao frigorífico e não se trata de colaboradores ou fornecedores diretos da companhia. “A JBS esclarece também que a unidade segue operando normalmente”, informou a assessoria de comunicação. O nome da terceirizada não foi divulgado.

O caminhoneiro Maicon Lopes afirma que mais de 200 caminhoneiros transportam gado vivo para a unidade de várias regiões do Estado do Pará, em um raio de aproximadamente 500 quilômetros. Conforme ele, há cerca de um ano e meio não é oferecido reajuste do frete, sendo que o litro do óleo diesel aumentou mais de R$ 1,50 no mesmo período.

“Não somos respeitados pela empresa JBS. Não é coisa que se faça porque somos trabalhadores, não somos uma raça de vagabundos. A gente trabalha e quer ganhar pelo nosso trabalho”, declarou, acrescentando que o trabalho dos profissionais não é reconhecido e afirmando que quando os motoristas reclamam junto à empresa são ameaçados de serem cortados da lista de transportadores.

“Não tem mais condições de trabalhar, não estamos sendo respeitados e nem tendo voz aqui. Um motorista lá dentro não tem um banheiro que preste, um bebedouro que preste, a gente tem que sentar no meio do barro. Ficamos horas e horas aguardando para descarregar o boi sendo que estamos dentro da empresa. Já ficamos cinco horas carregados dentro da empresa, cansados, sem café da manhã e sem almoço”, reitera.

Sobre a ordem judicial que os retirou da frente da unidade, onde impediam que qualquer carga transportando animais entrasse, o caminhoneiro afirma que funcionários da empresa ainda ‘debocharam’ dos manifestantes. “Não conseguimos nada, conseguiram uma ordem judicial e passaram rindo da nossa cara. Tratam a gente com deboche. Acham bom”, desabafa.

A JBS havia concedido férias coletivas de 20 dias para os funcionários da unidade no dia 23 de outubro. O trabalho foi retomado na última segunda-feira, dia 13. O grupo informou que a paralisação temporária na planta de Marabá e Redenção – que ocorreu em data diferenciada – se deu por baixa disponibilidade de matéria-prima na região, em decorrência da seca e das queimadas. (Luciana Marschall com informações de Josseli Carvalho)