Correio de Carajás

ABC da Política

Quadrilha azeitada

A decisão do juiz Lauro Fontes Junior, da comarca de Canaã dos Carajás, quando afastou e manteve afastado o prefeito do município, Jeová Andrade, acusado de montar um festival de irregularidades no exercício do cargo, beneficiando amigos e apaniguados, aponta para a existência de uma verdadeira e bem montada quadrilha para saquear os cofres públicos. Até compras milionárias em supermercados apareceram.

Hora de provar

Leia mais:

Dois anos atrás, quando o redator da coluna esteve em Canaã, foi possível ter uma noção aprimorada das fraudes cometidas. De lá para cá, tudo piorou. Deu no que deu. Mas o prefeito, com nova decisão da Justiça, agora a seu favor, tem a oportunidade de provar, no decorrer do processo, que o Ministério Público está enganado e que ele é inocente. Ou calar-se e suportar o tranco, no julgamento do mérito da ação.

Desculpa furada

Soou como tardio o pedido de desculpas do presidente mundial da Hydro, após ele confessar que sua empresa despejou rejeitos químicos em rios e igarapés, além da mata, em Barcarena. E tudo isso depois de negar por reiteradas vezes não ter cometido qualquer crime ambiental. Não basta apenas pedir desculpas, mas começar imediatamente a reparar os erros cometidos, pois milhares de pessoas estão contaminadas pelo resultado dessa criminosa insanidade.

Direitos violados

A presidente da Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (Cainquiama), Maria do Socorro Silva, disse à coluna que não aceita o pedido de desculpas do poderoso chefão da Hydro. Segundo ela, as comunidades não querem nenhuma esmola ou favor da empresa. “Nós queremos apenas nossos direitos, que estão sendo violados pela Hydro; direito à saúde, a ter água pra beber, a ter uma roça pra plantar e sustentar nossas famílias, tudo o que essa empresa está nos tirando”, afirmou ela.

Drama familiar

Dona Socorro vive um drama pessoal, mas ainda assim está na organização de todas as manifestações em Barcarena: “eu tenho câncer no estômago, meu marido está com câncer e meu pai também morreu dessa doença”, relatou. É desconhecida, até agora, qual providência o governo do Estado tomou ou vai tomar para oferecer tratamento digno à presidente da Cainquiama e a outras dezenas de pessoas doentes.

A voz dos imbecis

A onda de notícias falsas que se seguiram à morte da vereadora carioca Mariely, denegrindo a imagem da vítima, se alimenta da falta de noção de muita gente. O filósofo Umberto Eco tinha razão quando disse que as redes sociais “deram voz a uma legião de imbecis”. Antes, eles se manifestavam na mesa de bar. Hoje, opinam na frente de um computador.

Eleição e fake

É nesse clima de alienação e desinformação que as redes sociais entram no clima eleitoral. E já se vê e lê discursos de ódio por toda parte, no facebook, no twitter, em blogues e sites. Os ataques mútuos surgem à direita e à esquerda, entre conhecidos e indiferentes. Não há bombeiros para apagar tanto fogo. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promete agir com rigor. Que não fique apenas na promessa.

 

__________________BASTIDORES____________________________

 

 

* As últimas decisões da Justiça paraense no caso da mineradora Hydro demonstram que o judiciário está firme no objetivo de fazer cumprir as leis brasileiras. Pouco importa que seja uma gigante da economia.

* O que a Hydro fez em Barcarena foi uma atrocidade ambiental, com graves repercussões sociais, pois envenenou comunidades inteiras que consomem água e produtos da floresta.

* Vamos e venhamos: se o que a Hydro fez no Brasil, uma empresa brasileira fizesse na Noruega, seus dirigentes estariam na cadeia e a empresa receberia multa tão dura que correria o risco de fechar as portas.

* No meio de tantas cobranças de punição rigorosa, uma atinge o governador Simão Jatene: a de que ele deve revogar a isenção fiscal de R$ 7,5 bilhões concedida à Hydro até 2030.

* Não se sabe o que levou Jatene a ser tão generoso com os noruegueses. A benesse fiscal – e ponha benesse nisso – foi paga com a contrapartida de contaminação de rios e de comunidades paraenses.

* Anote aí, para cobrar no dia 7 de abril: o vice-governador Zequinha Marinho sairá do governo para candidatar-se ao Senado. Jatene ficará até o final do mandato.

Quadrilha azeitada

A decisão do juiz Lauro Fontes Junior, da comarca de Canaã dos Carajás, quando afastou e manteve afastado o prefeito do município, Jeová Andrade, acusado de montar um festival de irregularidades no exercício do cargo, beneficiando amigos e apaniguados, aponta para a existência de uma verdadeira e bem montada quadrilha para saquear os cofres públicos. Até compras milionárias em supermercados apareceram.

Hora de provar

Dois anos atrás, quando o redator da coluna esteve em Canaã, foi possível ter uma noção aprimorada das fraudes cometidas. De lá para cá, tudo piorou. Deu no que deu. Mas o prefeito, com nova decisão da Justiça, agora a seu favor, tem a oportunidade de provar, no decorrer do processo, que o Ministério Público está enganado e que ele é inocente. Ou calar-se e suportar o tranco, no julgamento do mérito da ação.

Desculpa furada

Soou como tardio o pedido de desculpas do presidente mundial da Hydro, após ele confessar que sua empresa despejou rejeitos químicos em rios e igarapés, além da mata, em Barcarena. E tudo isso depois de negar por reiteradas vezes não ter cometido qualquer crime ambiental. Não basta apenas pedir desculpas, mas começar imediatamente a reparar os erros cometidos, pois milhares de pessoas estão contaminadas pelo resultado dessa criminosa insanidade.

Direitos violados

A presidente da Associação dos Caboclos, Indígenas e Quilombolas da Amazônia (Cainquiama), Maria do Socorro Silva, disse à coluna que não aceita o pedido de desculpas do poderoso chefão da Hydro. Segundo ela, as comunidades não querem nenhuma esmola ou favor da empresa. “Nós queremos apenas nossos direitos, que estão sendo violados pela Hydro; direito à saúde, a ter água pra beber, a ter uma roça pra plantar e sustentar nossas famílias, tudo o que essa empresa está nos tirando”, afirmou ela.

Drama familiar

Dona Socorro vive um drama pessoal, mas ainda assim está na organização de todas as manifestações em Barcarena: “eu tenho câncer no estômago, meu marido está com câncer e meu pai também morreu dessa doença”, relatou. É desconhecida, até agora, qual providência o governo do Estado tomou ou vai tomar para oferecer tratamento digno à presidente da Cainquiama e a outras dezenas de pessoas doentes.

A voz dos imbecis

A onda de notícias falsas que se seguiram à morte da vereadora carioca Mariely, denegrindo a imagem da vítima, se alimenta da falta de noção de muita gente. O filósofo Umberto Eco tinha razão quando disse que as redes sociais “deram voz a uma legião de imbecis”. Antes, eles se manifestavam na mesa de bar. Hoje, opinam na frente de um computador.

Eleição e fake

É nesse clima de alienação e desinformação que as redes sociais entram no clima eleitoral. E já se vê e lê discursos de ódio por toda parte, no facebook, no twitter, em blogues e sites. Os ataques mútuos surgem à direita e à esquerda, entre conhecidos e indiferentes. Não há bombeiros para apagar tanto fogo. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) promete agir com rigor. Que não fique apenas na promessa.

 

__________________BASTIDORES____________________________

 

 

* As últimas decisões da Justiça paraense no caso da mineradora Hydro demonstram que o judiciário está firme no objetivo de fazer cumprir as leis brasileiras. Pouco importa que seja uma gigante da economia.

* O que a Hydro fez em Barcarena foi uma atrocidade ambiental, com graves repercussões sociais, pois envenenou comunidades inteiras que consomem água e produtos da floresta.

* Vamos e venhamos: se o que a Hydro fez no Brasil, uma empresa brasileira fizesse na Noruega, seus dirigentes estariam na cadeia e a empresa receberia multa tão dura que correria o risco de fechar as portas.

* No meio de tantas cobranças de punição rigorosa, uma atinge o governador Simão Jatene: a de que ele deve revogar a isenção fiscal de R$ 7,5 bilhões concedida à Hydro até 2030.

* Não se sabe o que levou Jatene a ser tão generoso com os noruegueses. A benesse fiscal – e ponha benesse nisso – foi paga com a contrapartida de contaminação de rios e de comunidades paraenses.

* Anote aí, para cobrar no dia 7 de abril: o vice-governador Zequinha Marinho sairá do governo para candidatar-se ao Senado. Jatene ficará até o final do mandato.