Correio de Carajás

D’Paschoal dedica título a Aru em noite de insatisfação com a administração municipal

Em noite especial, referente ao aniversário de Marabá, quem ganhou a grande homenagem foi Paulo Aritana Sompré, o Aru, indígena que perdeu a vida de forma trágica na última semana. O D’Paschoal foi o grande campeão da Taça Cidade e dedicou o título ao guerreiro. O jogo foi no recém reformado Zinho Oliveira, na noite de ontem, quinta-feira (5).

O Campeonato reuniu 18 dos 25 times filiados a Liga Esportiva de Marabá. Participaram 11 clubes da Primeira Divisão e 7 da Segunda. O torneio foi rápido e de forma eliminatória. O D’Paschoal, que é da Segunda Divisão, foi derrubando um a um os gigantes da Primeira. Venceu o Águia Dourada, na Vila Brejo do Meio, depois ganhou o Morada Nova e se credenciou à final vencendo o União, atual campeão marabaense.

A final foi disputada contra o Renegados, um dos clubes que sempre vem como favorito a títulos. Os atletas do D’Paschoal, que tem como base a equipe do Cacimbão, do Bairro Amapá, entrou com lágrimas nos olhos, pois acabaram de perder Aru, principal nome de sua equipe.

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O que se via era um time comprometido em vencer e dedicar o título a Aru. O time lutou muito, pois tinha a frente um adversário forte. O jogo acabou em 0 a 0 e foi decidido nos pênaltis. Os atletas do D’paschoal, a cada cobrança, imitavam o gesto de Aru flechando ao marcar um gol. Embaixo das traves brilhou a estrela do goleiro Pedro, que defendeu uma cobrança e outra foi pra fora.

Depois de receber o troféu, atletas e torcedores se reuniram em um grande círculo no centro do gramado e olhando para os céus, ofereciam o título a Aru. O presidente da Lemar, Edson Ferreira, agradeceu aos clubes que participaram, reconhecendo o empenho de cada equipe para que a final fosse realizada no dia do aniversário da cidade.

Ele também demonstrou gratidão ao público que compareceu ao estádio Zinho Oliveira e doou um quilo de alimento para ser distribuído para a população carente, principalmente àquelas famílias que estão fora de suas casas devido à cheia. “Foram dezenas de quilos de alimento que vão trazer um alento para aquelas famílias em dificuldades”, finalizou Edson.

BRONCA

Nem tudo foram flores na final. O jogo que estava marcado para começar 19h, iniciou com quase duas horas de atraso. O motivo? O prefeito Tião Miranda tinha que dar o pontapé inicial e acabou se atrasando para o evento, enquanto atletas e o público esperavam impacientes a chegada do gestor, o que rendeu diversas críticas.

Outro problema foi em relação à premiação. Estava previsto que o campeão recebesse R$ 2 mil enquanto o vice ganharia R$ 1 mil, mas na hora da entrega o dinheiro que apareceu foram R$1.500, onde o campeão ficou com R$1 mil e o vice com os R$ 500. O que se sabe é que os R$ 1500 foram conseguidos de última hora e se não fosse o deputado João Chamon, que doou R$ 1 mil, as coisas deveriam ser bem piores.

O diretor do Renegados, Samy Maia, rasgou o verbo em uma rede social, da qual o secretário de esporte Elói Ribeiro participa. Chamando de vergonhosa a administração, pois, segundo ele, a Semel apoia pouco o futebol amador. A fala de Samy foi acompanhada de diretores de outras equipes que concordaram. Régis Marques, do Juventude Paraense, também se indignou.

Ele disse que muitos políticos apareceram para dar entrevistas, mas nada fazem pelo esporte. Ele chegou a falar da dedicação das equipes, citou inclusive que o Renegados jogou por quatro dias seguidos para que a final fosse realizada no aniversário da cidade. No grupo em que foram feitas as críticas, ninguém da Semel se pronunciou para dar nenhuma explicação.

RESPOSTA

Procurada pelo Correio de Carajás, a assessoria de comunicação da Prefeitura disse que o atraso se deu por conta da “agenda extensa que o prefeito precisou cumprir por ocasião do aniversário da cidade”.

Sobre o desabafo feito pelo diretor do Renegados, por telefone, a Reportagem foi informada que “ao contrário do que disse Samy Maia, a gestão municipal apoia e incentiva o esporte amador de Marabá, tendo, inclusive, repassado expressivos valores financeiros para a realização de competições e torneios, inclusive quanto ao tornei em questão, e que acusações como a que foi feita chegam a ser levianas”. (Márcio Aquino)

 

Em noite especial, referente ao aniversário de Marabá, quem ganhou a grande homenagem foi Paulo Aritana Sompré, o Aru, indígena que perdeu a vida de forma trágica na última semana. O D’Paschoal foi o grande campeão da Taça Cidade e dedicou o título ao guerreiro. O jogo foi no recém reformado Zinho Oliveira, na noite de ontem, quinta-feira (5).

O Campeonato reuniu 18 dos 25 times filiados a Liga Esportiva de Marabá. Participaram 11 clubes da Primeira Divisão e 7 da Segunda. O torneio foi rápido e de forma eliminatória. O D’Paschoal, que é da Segunda Divisão, foi derrubando um a um os gigantes da Primeira. Venceu o Águia Dourada, na Vila Brejo do Meio, depois ganhou o Morada Nova e se credenciou à final vencendo o União, atual campeão marabaense.

A final foi disputada contra o Renegados, um dos clubes que sempre vem como favorito a títulos. Os atletas do D’Paschoal, que tem como base a equipe do Cacimbão, do Bairro Amapá, entrou com lágrimas nos olhos, pois acabaram de perder Aru, principal nome de sua equipe.

O que se via era um time comprometido em vencer e dedicar o título a Aru. O time lutou muito, pois tinha a frente um adversário forte. O jogo acabou em 0 a 0 e foi decidido nos pênaltis. Os atletas do D’paschoal, a cada cobrança, imitavam o gesto de Aru flechando ao marcar um gol. Embaixo das traves brilhou a estrela do goleiro Pedro, que defendeu uma cobrança e outra foi pra fora.

Depois de receber o troféu, atletas e torcedores se reuniram em um grande círculo no centro do gramado e olhando para os céus, ofereciam o título a Aru. O presidente da Lemar, Edson Ferreira, agradeceu aos clubes que participaram, reconhecendo o empenho de cada equipe para que a final fosse realizada no dia do aniversário da cidade.

Ele também demonstrou gratidão ao público que compareceu ao estádio Zinho Oliveira e doou um quilo de alimento para ser distribuído para a população carente, principalmente àquelas famílias que estão fora de suas casas devido à cheia. “Foram dezenas de quilos de alimento que vão trazer um alento para aquelas famílias em dificuldades”, finalizou Edson.

BRONCA

Nem tudo foram flores na final. O jogo que estava marcado para começar 19h, iniciou com quase duas horas de atraso. O motivo? O prefeito Tião Miranda tinha que dar o pontapé inicial e acabou se atrasando para o evento, enquanto atletas e o público esperavam impacientes a chegada do gestor, o que rendeu diversas críticas.

Outro problema foi em relação à premiação. Estava previsto que o campeão recebesse R$ 2 mil enquanto o vice ganharia R$ 1 mil, mas na hora da entrega o dinheiro que apareceu foram R$1.500, onde o campeão ficou com R$1 mil e o vice com os R$ 500. O que se sabe é que os R$ 1500 foram conseguidos de última hora e se não fosse o deputado João Chamon, que doou R$ 1 mil, as coisas deveriam ser bem piores.

O diretor do Renegados, Samy Maia, rasgou o verbo em uma rede social, da qual o secretário de esporte Elói Ribeiro participa. Chamando de vergonhosa a administração, pois, segundo ele, a Semel apoia pouco o futebol amador. A fala de Samy foi acompanhada de diretores de outras equipes que concordaram. Régis Marques, do Juventude Paraense, também se indignou.

Ele disse que muitos políticos apareceram para dar entrevistas, mas nada fazem pelo esporte. Ele chegou a falar da dedicação das equipes, citou inclusive que o Renegados jogou por quatro dias seguidos para que a final fosse realizada no aniversário da cidade. No grupo em que foram feitas as críticas, ninguém da Semel se pronunciou para dar nenhuma explicação.

RESPOSTA

Procurada pelo Correio de Carajás, a assessoria de comunicação da Prefeitura disse que o atraso se deu por conta da “agenda extensa que o prefeito precisou cumprir por ocasião do aniversário da cidade”.

Sobre o desabafo feito pelo diretor do Renegados, por telefone, a Reportagem foi informada que “ao contrário do que disse Samy Maia, a gestão municipal apoia e incentiva o esporte amador de Marabá, tendo, inclusive, repassado expressivos valores financeiros para a realização de competições e torneios, inclusive quanto ao tornei em questão, e que acusações como a que foi feita chegam a ser levianas”. (Márcio Aquino)