Correio de Carajás

Praia do Tucunaré: Crianças estão sob risco e sem supervisão

Embora a movimentação na Praia do Tucunaré tenha crescido, os últimos fins de semana têm sido tranquilos no balneário. Segundo o Corpo de Bombeiros, órgão responsável pela segurança de banhistas e turistas, cerca de duas mil pessoas passaram pelo ponto turístico no sábado passado (14) e quatro mil no domingo (15). “Tivemos poucas ocorrências e conseguimos cumprir com a missão tranquilamente, no sábado e no domingo”, afirmou o capitão Zilvandro Pinheiro de Macedo.

Ainda que ocorrências graves não tenham sido registradas na praia, ele destacou que a quantidade de crianças sem supervisão dos pais está muito grande. “Os pais ingerem bebidas alcoólicas e deixam os filhos sozinhos, então corre o risco da criança se afogar, se perder ou até ser abusada, molestada por algum adulto pedófilo”, adverte.

Vale ressaltar que, tanto a Constituição Federal quanto o Estatuto da Criança e do Adolescente dão aos pais e responsáveis legais o dever de proteger os jovens menores de 18 anos contra toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.

Leia mais:

Outro problema percebido é a quantidade de embarcações próximas à área de banho e à margem da praia. “As embarcações tem que respeitar uma distância de pelo menos 200 metros da margem e qualquer situação diferente disso, já está passível de ser punida”, destaca, acrescentando que as embarcações podem ser recolhidas e, caso o condutor esteja alcoolizado, pode sofrer sanções penais. Segundo o capitão, o Corpo de Bombeiros tem poder de polícia, pode autuar e fazer a prisão em flagrante se for constatado que o cidadão cometeu um crime.

O balneário também recebeu um isolamento de 400 metros para proteger o banhista de quaisquer acidentes, como explica Macedo. “Serve para isolar as embarcações dos banhistas, principalmente dos rabeteiros, que usam a hélice exposta e pode machucar alguém. E também dá um limite de profundidade para a praia, já que ela tem um relevo acidentado com vários buracos, onde acontecem os princípios de afogamento”. Ele reforça que a limitação deve ser respeitada, do contrário os condutores podem ser punidos.

“Infelizmente tem um pessoal clandestino que não cumpre isso. Alguns rabeteiros insistem em ultrapassar o cordão. E, se for o caso, vamos reter a embarcação para que não ocorra nenhum acidente”. Quanto ao uso do colete salva-vidas por parte dos ocupantes das embarcações, que fazem a travessia até o balneário, o capitão Macedo reforça que o item é de uso obrigatório. “O risco de não utilizar o colete é que, caso a embarcação venha a naufragar, a pessoa morre afogada”. (Nathália Viegas com informações de Josseli Carvalho)

Saiba Mais – Durante a semana, a Praia do Tucunaré conta com a atuação de seis agentes do Corpo de Bombeiros. O efetivo é dobrado aos fins de semana, e recebe apoio de equipes da Defesa Civil Municipal.