Salve, galera!
No início de agosto, entre os dias 1º e 6, a cidade de Parauapebas viveu uma semana intensa de atividades culturais propostas pelo Movimento Ocupa CDC. Um coletivo de artistas, produtores, músicos, dançarinos, poetas, artistas plásticos e juventude ligada aos movimentos sociais que passou uma semana discutindo cultura, políticas públicas, atuação do Conselho Municipal de Cultura e demandas do poder público referente à área cultural do município.
Foi neste espaço de multiculturalidade que nós, da Cultura Livre, tivemos sete horas de vivência artística com o jovem escritor de graffiti, artista plástico, Thiago Tigo. A atividade era uma oficina gratuita para jovens da cidade, presente na programação do #OcupaCDC. Arte, juventude, música e intervenção artística no espaço do Centro Cultural e Desenvolvimento de Parauapebas.
Entre um trampo e outro rolava um papo, onde conseguimos acompanhar a atividade do início ao fim. Tudo registrado em imagens, vídeos e depoimentos com Thiago. Além de algumas horas de conversas por WhatsApp, direct via Instagram e e-mails trocados entre andanças minha e dele de uma cidade a outra.
Tigo atua no cenário tanto sozinho em produções de grafite e quadros para exposições em galerias, quanto em parceria com o Coletivo RALE Crew de arte de rua. Com obras expressivas, o jovem artista, quando está produzindo trabalhos em quadros usa de elementos naturais da região, pigmentação oriunda de minérios e solo para a composição dos processos de seus trabalhos.
Além de realizar uma fusão de traços e formas indígenas, que dialogam com as questões da natureza e realidade de uma cidade operária como Parauapebas. Em um dos meus textos anteriores, aqui da coluna, acabei classificando-o como um dos integrantes de uma nova arqueologia visual e urbana que está sendo construída na região.
Uma tela de quadro, muro, espaço público ou outros locais urbanos se configuram como um ponto de criação que a princípio está em branco, e aos poucos Thiago Tigo transporta suas ideias em forma de arte para esse contexto. Foi na imersão vivida em Parauapebas que lançamos algumas perguntas, instigamos o artista e refletimos sobre algumas questões. Acompanhe abaixo nossa troca de ideias.
Fale-nos um pouco mais do Thiago Tigo, o grafiteiro e artista visual.
Bom, sou o Tigo, tenho 28 anos. Moro na cidade de Parauapebas há seis anos, fui criado em São Paulo e lá conheci a cultura urbana por intermédio da “Pixação”, em 2004/2005 eu já rabiscava todo meu bairro, por puro instinto. Em 2006 entrei para uma oficina de Graffiti, lá conheci amigos que tenho até hoje, era uma felicidade imensa fazer parte de um coletivo de graffiti que chamamos de “Crew”. Entendi todo conceito do Hip Hop, desde então eu já queria fazer graffiti a vida toda. Hoje trabalho como produtor cultural no Centro Mulheres de Barro faço e produzo minhas telas no atelier que tenho em casa, faço graffiti na rua. Sou fascinado por arte e esse sou eu.
Pode contextualizar um pouco a história do grafite no mundo e no Brasil para a moçada jovem que vai ler?
O Graffiti surgiu na década de 70 nos EUA. A música uniu o DJ, o MC (Rapper/Poeta), o Break (B.boy) e por graça de Deus (risos) o Graffiti. Assim surgi o HIP HOP. A cultura Hip Hop veio ao Brasil 10 ou 15 anos depois, acredito que nas principais capitais.
Você me falou de umas experiências em São Paulo, pode compartilhar com a gente um pouco mais?
Nasci na cidade de São Mateus – MA, fui com minha mãe para São Paulo quando eu tinha dois anos, morei lá até meus 22 anos. Então tem muita coisa pra compartilhar, risos. A maior e melhor experiência foi conhecer a cultura Hip Hop e o Graffiti, isso salvou minha vida. Crescer numa periferia é tenso, tem de tudo, e tudo te molda. Não temos cultura e pouco acesso a informação, pelo menos na época em que eu morava lá, hoje talvez esteja até pior esse acesso. Esse sistema público já não me dava acesso a arte, lembro que a primeira vez que fui fazer graffiti na rua uma viatura policial parou eu e meus amigos e fez a gente tomar um banho de tinta. Hoje vejo que é assim até hoje, a “mina” que sonha em ser atriz desisti por não ter acesso, o mesmo pra quem sonha em dançar, cantar, pintar enfim.
Quando o assunto é referência, quais são as suas e quais contribuem diretamente na construção do seu trabalho?
Atualmente tem sido a nossa região, a referência arqueológica, a natureza, o dia-a-dia. Através dessas referências desenvolvi um personagem místico, expressivo. Ainda estou conceituando, batendo de frente com outro conceito que é “O Artista e seu tempo”.
Você tem um trabalho de arte educador e uma preocupação muito grande com essa moçada nova que tá aí na área. Pode nos explicar mais?
Sempre tive essa preocupação, desde da época em que morava em SP. Lembro que o que eu aprendia eu passava pros meus amigos de CREW e eles a mesma coisa. É o conceito da Cultura Hip hop. Até hoje eu incentivo meus amigos, hoje os daqui, tenho amigos poeta, pintor, designer, ator com muito potencial, saca! Quero ver cada um expondo, respirando seu conceito artístico. O que não podemos fazer é levar nossa arte como um fardo, cumprir nossas responsabilidades financeiras, nossa sanidade e ansiedade, sei que pesa, eu sinto na pele. Em breve vou iniciar uma oficina de Graffiti para jovens da cidade de Parauapebas e logo mais saem às inscrições.
Juntamente com outros grafiteiros, inclusive eu conheci o ‘Cinco’, vocês forma a RALE. Pode explicar o que seria esse coletivo de grafiteiros e qual a proposta de trabalho?
Registro Anônimo de Loucos Escritores (RALE) é uma CREW/coletivo de graffiti. É como um grupo de amigos que marca de jogar futebol aos sábados, a gente marca de pintar na rua. Na gringa não existi o termo “GRAFITEIRO” e sim “ESCRITOR DE GRAFFITI”. Por isso nos trabalhos de painéis da RALE tem letras. Lembro que quando eu cheguei aqui na cidade eu e meu compadre “Cinco” fazíamos muitas letras no estilo “Bomb”, as pessoas perguntavam, mas vocês só fazem o nome de vocês (rs), eu sempre respondia dizendo que isso que era graffiti, a galera vê um desenho ou personagem na parede colorido, não que não seja graffiti, mas a essência é letra. Dentro disse conceito de letra tem vários estilos como o Wild Style, Bomb, Throw-up, Piece, Tag por aí vai.
O que diferencia os trabalhos do Thiago Tigo e do Coletivo RALE?
Não há diferença, na real! Por exemplo, se vamos pintar um painel de grande porte, fazemos tanto letra como meu personagem, o Cinco também faz personagem.
Como você vê algumas ações punitivas e repressivas com relação ao grafite, tendo como exemplo o que vem acontecendo na cidade de São Paulo?
Como eu disse, o sistema te faz desistir. Imagina um garoto que ralou pra comprar duas latas de spray, uma látex e dois rolinhos, vai pra rua, faz seu trabalho e no outro dia vem um empresa privada sem preparo e apaga o graffiti do mano!? Foda! Acho o Graffiti uma arte democrática a mais primitiva talvez. Desde os desenhos nas cavernas até os dias de hoje, se você pegar uma lata de spray a primeira coisa que você vai fazer é colocar seu nome na parede, é instinto, uma forma de nos comunicar, a gente não precisa dizer que estamos sentindo a gente pinta, saca! Não vejo sentido da prefeitura apagar a história. Pra entender melhor o que estou dizendo indico o Documentário “Cidade Cinza” que está disponível na Netflix. Nesse Doc. além do confronto entre graffiti e o cinza conta a história do graffiti em SP. Muito bom!
Fale-nos mais da sua intervenção artística no Movimento Ocupa CDC.
CDC VIVE! Por isso o coração é verde pela nossa região. Iniciamos como workshop, uma conversa com alguns ocupantes, falei das minhas experiências com o graffiti. Foram 7 horas de pintura. Eu particularmente gostei muito do resultado. Sou grato pela oportunidade, sempre quis ter um graffiti no CDC. Foi incrível ver os movimentos unidos, fazer parte desse processo é de imensa satisfação!
Thiago Tigo está em Manaus no momento em uma atividade de destaque na região Norte do país, em parceria com outros caras da cena do grafite. De lá em manda saudações a galera que acompanha a coluna de cultura do portal Correio de Carajás – Cultura Livre. E informa que teremos a Oficina de Graffiti em Parauapebas, onde as inscrições estavam abertas do dia 21 a 28 de agosto. A oficina acontece de 04 a 06 de setembro.
As inscrições já abriram e são feitas na Coordenadoria Municipal da Juventude de Parauapebas, sendo uma realização do Conselho Municipal da Juventude de Parauapebas mais a Coordenadoria Municipal da Juventude e Prefeitura Municipal, corram, que ainda restam vagas. Para mais informações e acompanhar os trabalhos de Tigo com detalhe, basta, segui-lo no Instagram em @tigo_rale ou no Facebook em ThiagoTigo.
Mais de Thiago Tigo – Exposição INTOCÁVEIS que aconteceu no espaço cultural do Partage Shopping de Parauapebas em abril deste ano. Com apoio da Casa LAB e equipe do Partage Shopping. Sendo a primeira individual de Tigo.
Te vejo no próximo encontro!
Jairon Gomes
Fotos: Anderson Souza e Coletivo Ocupa CDC de Comunicação.
Salve, galera!
No início de agosto, entre os dias 1º e 6, a cidade de Parauapebas viveu uma semana intensa de atividades culturais propostas pelo Movimento Ocupa CDC. Um coletivo de artistas, produtores, músicos, dançarinos, poetas, artistas plásticos e juventude ligada aos movimentos sociais que passou uma semana discutindo cultura, políticas públicas, atuação do Conselho Municipal de Cultura e demandas do poder público referente à área cultural do município.
Foi neste espaço de multiculturalidade que nós, da Cultura Livre, tivemos sete horas de vivência artística com o jovem escritor de graffiti, artista plástico, Thiago Tigo. A atividade era uma oficina gratuita para jovens da cidade, presente na programação do #OcupaCDC. Arte, juventude, música e intervenção artística no espaço do Centro Cultural e Desenvolvimento de Parauapebas.
Entre um trampo e outro rolava um papo, onde conseguimos acompanhar a atividade do início ao fim. Tudo registrado em imagens, vídeos e depoimentos com Thiago. Além de algumas horas de conversas por WhatsApp, direct via Instagram e e-mails trocados entre andanças minha e dele de uma cidade a outra.
Tigo atua no cenário tanto sozinho em produções de grafite e quadros para exposições em galerias, quanto em parceria com o Coletivo RALE Crew de arte de rua. Com obras expressivas, o jovem artista, quando está produzindo trabalhos em quadros usa de elementos naturais da região, pigmentação oriunda de minérios e solo para a composição dos processos de seus trabalhos.
Além de realizar uma fusão de traços e formas indígenas, que dialogam com as questões da natureza e realidade de uma cidade operária como Parauapebas. Em um dos meus textos anteriores, aqui da coluna, acabei classificando-o como um dos integrantes de uma nova arqueologia visual e urbana que está sendo construída na região.
Uma tela de quadro, muro, espaço público ou outros locais urbanos se configuram como um ponto de criação que a princípio está em branco, e aos poucos Thiago Tigo transporta suas ideias em forma de arte para esse contexto. Foi na imersão vivida em Parauapebas que lançamos algumas perguntas, instigamos o artista e refletimos sobre algumas questões. Acompanhe abaixo nossa troca de ideias.
Fale-nos um pouco mais do Thiago Tigo, o grafiteiro e artista visual.
Bom, sou o Tigo, tenho 28 anos. Moro na cidade de Parauapebas há seis anos, fui criado em São Paulo e lá conheci a cultura urbana por intermédio da “Pixação”, em 2004/2005 eu já rabiscava todo meu bairro, por puro instinto. Em 2006 entrei para uma oficina de Graffiti, lá conheci amigos que tenho até hoje, era uma felicidade imensa fazer parte de um coletivo de graffiti que chamamos de “Crew”. Entendi todo conceito do Hip Hop, desde então eu já queria fazer graffiti a vida toda. Hoje trabalho como produtor cultural no Centro Mulheres de Barro faço e produzo minhas telas no atelier que tenho em casa, faço graffiti na rua. Sou fascinado por arte e esse sou eu.
Pode contextualizar um pouco a história do grafite no mundo e no Brasil para a moçada jovem que vai ler?
O Graffiti surgiu na década de 70 nos EUA. A música uniu o DJ, o MC (Rapper/Poeta), o Break (B.boy) e por graça de Deus (risos) o Graffiti. Assim surgi o HIP HOP. A cultura Hip Hop veio ao Brasil 10 ou 15 anos depois, acredito que nas principais capitais.
Você me falou de umas experiências em São Paulo, pode compartilhar com a gente um pouco mais?
Nasci na cidade de São Mateus – MA, fui com minha mãe para São Paulo quando eu tinha dois anos, morei lá até meus 22 anos. Então tem muita coisa pra compartilhar, risos. A maior e melhor experiência foi conhecer a cultura Hip Hop e o Graffiti, isso salvou minha vida. Crescer numa periferia é tenso, tem de tudo, e tudo te molda. Não temos cultura e pouco acesso a informação, pelo menos na época em que eu morava lá, hoje talvez esteja até pior esse acesso. Esse sistema público já não me dava acesso a arte, lembro que a primeira vez que fui fazer graffiti na rua uma viatura policial parou eu e meus amigos e fez a gente tomar um banho de tinta. Hoje vejo que é assim até hoje, a “mina” que sonha em ser atriz desisti por não ter acesso, o mesmo pra quem sonha em dançar, cantar, pintar enfim.
Quando o assunto é referência, quais são as suas e quais contribuem diretamente na construção do seu trabalho?
Atualmente tem sido a nossa região, a referência arqueológica, a natureza, o dia-a-dia. Através dessas referências desenvolvi um personagem místico, expressivo. Ainda estou conceituando, batendo de frente com outro conceito que é “O Artista e seu tempo”.
Você tem um trabalho de arte educador e uma preocupação muito grande com essa moçada nova que tá aí na área. Pode nos explicar mais?
Sempre tive essa preocupação, desde da época em que morava em SP. Lembro que o que eu aprendia eu passava pros meus amigos de CREW e eles a mesma coisa. É o conceito da Cultura Hip hop. Até hoje eu incentivo meus amigos, hoje os daqui, tenho amigos poeta, pintor, designer, ator com muito potencial, saca! Quero ver cada um expondo, respirando seu conceito artístico. O que não podemos fazer é levar nossa arte como um fardo, cumprir nossas responsabilidades financeiras, nossa sanidade e ansiedade, sei que pesa, eu sinto na pele. Em breve vou iniciar uma oficina de Graffiti para jovens da cidade de Parauapebas e logo mais saem às inscrições.
Juntamente com outros grafiteiros, inclusive eu conheci o ‘Cinco’, vocês forma a RALE. Pode explicar o que seria esse coletivo de grafiteiros e qual a proposta de trabalho?
Registro Anônimo de Loucos Escritores (RALE) é uma CREW/coletivo de graffiti. É como um grupo de amigos que marca de jogar futebol aos sábados, a gente marca de pintar na rua. Na gringa não existi o termo “GRAFITEIRO” e sim “ESCRITOR DE GRAFFITI”. Por isso nos trabalhos de painéis da RALE tem letras. Lembro que quando eu cheguei aqui na cidade eu e meu compadre “Cinco” fazíamos muitas letras no estilo “Bomb”, as pessoas perguntavam, mas vocês só fazem o nome de vocês (rs), eu sempre respondia dizendo que isso que era graffiti, a galera vê um desenho ou personagem na parede colorido, não que não seja graffiti, mas a essência é letra. Dentro disse conceito de letra tem vários estilos como o Wild Style, Bomb, Throw-up, Piece, Tag por aí vai.
O que diferencia os trabalhos do Thiago Tigo e do Coletivo RALE?
Não há diferença, na real! Por exemplo, se vamos pintar um painel de grande porte, fazemos tanto letra como meu personagem, o Cinco também faz personagem.
Como você vê algumas ações punitivas e repressivas com relação ao grafite, tendo como exemplo o que vem acontecendo na cidade de São Paulo?
Como eu disse, o sistema te faz desistir. Imagina um garoto que ralou pra comprar duas latas de spray, uma látex e dois rolinhos, vai pra rua, faz seu trabalho e no outro dia vem um empresa privada sem preparo e apaga o graffiti do mano!? Foda! Acho o Graffiti uma arte democrática a mais primitiva talvez. Desde os desenhos nas cavernas até os dias de hoje, se você pegar uma lata de spray a primeira coisa que você vai fazer é colocar seu nome na parede, é instinto, uma forma de nos comunicar, a gente não precisa dizer que estamos sentindo a gente pinta, saca! Não vejo sentido da prefeitura apagar a história. Pra entender melhor o que estou dizendo indico o Documentário “Cidade Cinza” que está disponível na Netflix. Nesse Doc. além do confronto entre graffiti e o cinza conta a história do graffiti em SP. Muito bom!
Fale-nos mais da sua intervenção artística no Movimento Ocupa CDC.
CDC VIVE! Por isso o coração é verde pela nossa região. Iniciamos como workshop, uma conversa com alguns ocupantes, falei das minhas experiências com o graffiti. Foram 7 horas de pintura. Eu particularmente gostei muito do resultado. Sou grato pela oportunidade, sempre quis ter um graffiti no CDC. Foi incrível ver os movimentos unidos, fazer parte desse processo é de imensa satisfação!
Thiago Tigo está em Manaus no momento em uma atividade de destaque na região Norte do país, em parceria com outros caras da cena do grafite. De lá em manda saudações a galera que acompanha a coluna de cultura do portal Correio de Carajás – Cultura Livre. E informa que teremos a Oficina de Graffiti em Parauapebas, onde as inscrições estavam abertas do dia 21 a 28 de agosto. A oficina acontece de 04 a 06 de setembro.
As inscrições já abriram e são feitas na Coordenadoria Municipal da Juventude de Parauapebas, sendo uma realização do Conselho Municipal da Juventude de Parauapebas mais a Coordenadoria Municipal da Juventude e Prefeitura Municipal, corram, que ainda restam vagas. Para mais informações e acompanhar os trabalhos de Tigo com detalhe, basta, segui-lo no Instagram em @tigo_rale ou no Facebook em ThiagoTigo.
Mais de Thiago Tigo – Exposição INTOCÁVEIS que aconteceu no espaço cultural do Partage Shopping de Parauapebas em abril deste ano. Com apoio da Casa LAB e equipe do Partage Shopping. Sendo a primeira individual de Tigo.
Te vejo no próximo encontro!
Jairon Gomes
Fotos: Anderson Souza e Coletivo Ocupa CDC de Comunicação.
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