Correio de Carajás

Mas já?

É claro que o povão não está nem aí. Mas já tem gente querendo saber o que ele pensa sobre candidatos à eleição para governador do Pará, ano que vem. Um certo instituto Guimarães de Pesquisas e Planejamento, que ninguém nunca ouviu falar, botou alguns gatos pingados nas ruas de Belém. E quer saber o seguinte: caso as eleições fossem hoje, em qual dos candidatos o pesquisado votaria? Não é pesquisa espontânea, aquela em que o eleitor diz em quem votaria sem querer saber de nomes.

 

Na prancheta

Leia mais:

O pesquisador do tal instituto anda para lá e para cá, com nomes de oito possíveis – o que não quer dizer prováveis – candidatos à sucessão do governador Simão Jatene. Há tucanos, peemedebista, petista, pessedista, psolista, etc. Uma fonte da coluna, entre os pesquisados, anotou os nomes de três tucanos: Zenaldo Coutinho, Manoel Pioneiro e Adnan Demachki. Também aparecem Helder Barbalho, Márcio Miranda, Eder Mauro, Paulo Rocha e Edmilson Rodrigues. Só figuras conhecidas. Até 2018, quem irá sobreviver nesse mundo político de tantas surpresas e decepções? Está difícil até para vidente responder.

 

Bico fechado

Nenhum deputado federal ou senador da bancada paraense em Brasília abriu a boca para falar das denúncias feitas à embaixada da Noruega sobre a expulsão de famílias de Barcarena e crimes ambientais praticados pela multinacional Norsk Hydro. Sabedor do fato, mas fingindo não ser com ele, o governo norueguês puxou a orelha do presidente Michel Temer e cortou pela metade a verba de R$ 1 bilhão para controle do desmatamento na Amazônia. Casa de ferreiro, espeto de pau.

 

S.O.S perícia

É uma rotina insana de produtividade, a dos peritos criminais e peritos médicos legistas do Pará. O quadro de pessoal é reduzido e não tem correção salarial justa há 17 anos. Ainda assim, a média de produção alcança 100 mil laudos por ano. A recomendação dos organismos internacionais é de 1 perito para cada 5.000 habitantes. No Pará, porém, há 1 perito para 21.000 habitantes. Coisa de louco.

 

Perda salarial

Trabalho demais, salário de menos. Um perito oficial já chegou a receber quase o mesmo salário de um delegado de polícia, cerca de R$ 15 mil líquidos, mas hoje ganha um pouco mais da metade. Desde o ano 2.000, após a perícia ter sido retirada da Polícia Civil, a categoria amarga perdas de 62% do salário anterior, correspondendo a perdas de 33% em valores relativos e 53% em valores absolutos. Vergonha: é o 25º pior salário do país e o pior da Amazônia Legal. É um laudo cruel.

 

_____________________BASTIDORES___________________

 

* Já passam de 80 os prefeitos enrolados em desvio de recursos públicos e outras irregularidades investigadas pelo implacável procurador de Justiça, Nelson Medrado.

 

* O número de prefeitos sob a lupa de Medrado representa quase 60% das prefeituras dos 144 municípios. Haja rolo.

 

* Não é verdade que a direção-geral do Detran paraense tenha sido obtida como pagamento de uma dívida de jogo de baralho.

 

* A reconstituição pela Polícia Federal das 10 mortes na fazenda Santa Lúcia, em Pau D’Arco, no final de abril passado, deve exigir intensa mobilização de pessoas.

 

* Só de militares e civis são 29, enquanto os invasores da fazenda seriam pelo menos 35. A data dessa reconstituição ainda não foi marcada.

 

* Por falar nisso, deve levar pelo menos mais 30 dias o trabalho de perícia das armas usadas pela polícia e as apreendidas dos invasores. O trabalho de balística será por igual período.

 

* Diretores da Seduc tiveram que ir ao Ministério Público explicar qual a razão de tantas obras atrasadas por todo o Estado para recuperação de escolas.

 

* Dinheiro não falta: o BID, banco internacional, financiou 350 milhões de dólares, mas as escolas estão caindo aos pedaços.

 

* Soa como piada o motivo apresentado pelo prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, para viajar para Paris: ele participará de evento sobre experiências criativas de gestões municipais.

 

* A capital está toda esburacada, com lixo acumulado pelas esquinas, tem um BRT que não funciona e possui trânsito desorganizado e caótico.

É claro que o povão não está nem aí. Mas já tem gente querendo saber o que ele pensa sobre candidatos à eleição para governador do Pará, ano que vem. Um certo instituto Guimarães de Pesquisas e Planejamento, que ninguém nunca ouviu falar, botou alguns gatos pingados nas ruas de Belém. E quer saber o seguinte: caso as eleições fossem hoje, em qual dos candidatos o pesquisado votaria? Não é pesquisa espontânea, aquela em que o eleitor diz em quem votaria sem querer saber de nomes.

 

Na prancheta

O pesquisador do tal instituto anda para lá e para cá, com nomes de oito possíveis – o que não quer dizer prováveis – candidatos à sucessão do governador Simão Jatene. Há tucanos, peemedebista, petista, pessedista, psolista, etc. Uma fonte da coluna, entre os pesquisados, anotou os nomes de três tucanos: Zenaldo Coutinho, Manoel Pioneiro e Adnan Demachki. Também aparecem Helder Barbalho, Márcio Miranda, Eder Mauro, Paulo Rocha e Edmilson Rodrigues. Só figuras conhecidas. Até 2018, quem irá sobreviver nesse mundo político de tantas surpresas e decepções? Está difícil até para vidente responder.

 

Bico fechado

Nenhum deputado federal ou senador da bancada paraense em Brasília abriu a boca para falar das denúncias feitas à embaixada da Noruega sobre a expulsão de famílias de Barcarena e crimes ambientais praticados pela multinacional Norsk Hydro. Sabedor do fato, mas fingindo não ser com ele, o governo norueguês puxou a orelha do presidente Michel Temer e cortou pela metade a verba de R$ 1 bilhão para controle do desmatamento na Amazônia. Casa de ferreiro, espeto de pau.

 

S.O.S perícia

É uma rotina insana de produtividade, a dos peritos criminais e peritos médicos legistas do Pará. O quadro de pessoal é reduzido e não tem correção salarial justa há 17 anos. Ainda assim, a média de produção alcança 100 mil laudos por ano. A recomendação dos organismos internacionais é de 1 perito para cada 5.000 habitantes. No Pará, porém, há 1 perito para 21.000 habitantes. Coisa de louco.

 

Perda salarial

Trabalho demais, salário de menos. Um perito oficial já chegou a receber quase o mesmo salário de um delegado de polícia, cerca de R$ 15 mil líquidos, mas hoje ganha um pouco mais da metade. Desde o ano 2.000, após a perícia ter sido retirada da Polícia Civil, a categoria amarga perdas de 62% do salário anterior, correspondendo a perdas de 33% em valores relativos e 53% em valores absolutos. Vergonha: é o 25º pior salário do país e o pior da Amazônia Legal. É um laudo cruel.

 

_____________________BASTIDORES___________________

 

* Já passam de 80 os prefeitos enrolados em desvio de recursos públicos e outras irregularidades investigadas pelo implacável procurador de Justiça, Nelson Medrado.

 

* O número de prefeitos sob a lupa de Medrado representa quase 60% das prefeituras dos 144 municípios. Haja rolo.

 

* Não é verdade que a direção-geral do Detran paraense tenha sido obtida como pagamento de uma dívida de jogo de baralho.

 

* A reconstituição pela Polícia Federal das 10 mortes na fazenda Santa Lúcia, em Pau D’Arco, no final de abril passado, deve exigir intensa mobilização de pessoas.

 

* Só de militares e civis são 29, enquanto os invasores da fazenda seriam pelo menos 35. A data dessa reconstituição ainda não foi marcada.

 

* Por falar nisso, deve levar pelo menos mais 30 dias o trabalho de perícia das armas usadas pela polícia e as apreendidas dos invasores. O trabalho de balística será por igual período.

 

* Diretores da Seduc tiveram que ir ao Ministério Público explicar qual a razão de tantas obras atrasadas por todo o Estado para recuperação de escolas.

 

* Dinheiro não falta: o BID, banco internacional, financiou 350 milhões de dólares, mas as escolas estão caindo aos pedaços.

 

* Soa como piada o motivo apresentado pelo prefeito de Belém, Zenaldo Coutinho, para viajar para Paris: ele participará de evento sobre experiências criativas de gestões municipais.

 

* A capital está toda esburacada, com lixo acumulado pelas esquinas, tem um BRT que não funciona e possui trânsito desorganizado e caótico.