Correio de Carajás

Fazenda de Parauapebas se destaca na produção de queijo de búfala

O primeiro projeto de produção de derivados de leite de búfala em Parauapebas começa a ganhar destaque no mercado local, com grande procura por parte de restaurantes e consumidores que, aos poucos, estão descobrindo os benefícios nutricionais do produto, considerado mais saudável do que os derivados do leite de vaca. A carne do animal também é considerada mais saudável e de ótimo paladar.

O projeto de criação de búfalo e produção de derivados do leite do animal é feito na fazenda Açaizal, localizada na VP 2, na Vila Cedere I, a 20 quilômetros de Parauapebas. O empreendimento pioneiro no município é tocado pela família do empresário e produtor rural Geraldo Pedro, que já pensa em expandir os negócios para atender a grande procura do mercado.

Esse também é mais um dos projetos que está recebendo total apoio da Secretaria Municipal de Produção Rural (Sempror), que está dando aporte técnico para melhorar a genética dos animais, assim como a qualidade dos produtos produzidos na fazenda, que estão todos licenciados e inspecionados pelo Serviço Inspeção Sanitária Municipal (SIM).

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Para mostrar um pouco da rotina e da maneira como é feita a criação de búfalos e a produção de queijos e outros derivados do leite do animal, a Sempror, junto com outros parceiros do empreendimento, como a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e Serviço Nacional de Aprendizado Rural (Senar), promoveram uma visita da imprensa ao local.

Além de mostrar passo a passo o manejo dos animais, melhoramento genético e toda etapa de produção do leite, da ordenha até a fabricação dos derivados, feita na queijaria Casa Nostra, que fica na própria fazenda, também foi feita uma degustação, com todos os tipos de queijos produzidos, pratos feitos com queijo e também churrasco de búfalo, para mostrar que a carne é macia, mais magra que do boi e de ótimo sabor.

Segundo Geral Pedro, a ideia de iniciar a fabricação de queijo surgiu pela necessidade. Ele conta que a família dele tinha uma pizzaria e era grande consumo de queijo mussarela. Por conta disso, decidiram produzir a própria mussarela e, na pesquisa de mercado, sobre a produção desse tipo de queijo, descobriram que o verdadeiro mussarela é feito com leite de búfala. Então, há cinco anos, adquiram as primeiras 15 matrizes do animal.

Como o búfalo é um animal rústico e que gosta de áreas alagadas, eles tiveram que criar esse ambiente e hoje, o pasto, onde eles se alimentam, é todo irrigado. O sistema, além de manter grama verde, no calor escaldante que tem feito, refresca os animais, que gostam de ficar em área sombreadas, por absorver mais calor que o boi normal, devido ser preto.

Outra parte do tempo eles ficam em uma lagoa e área alagadiças. Segundo Pedro, os búfalos mergulham até dois metros de profundidade para comer algas e outros musgos, que também fazem parte da alimentação deles.

Paralelo a isso, foram investindo em melhoramento genético e na estrutura da queijaria. Ele observa que a aceitação do queijo de búfala é grande, porque é um queijo mais gourmet, ou seja, de melhor sabor na culinária, e também por ser mais saudável, possuindo 30% menos colesterol que o queijo de leite de vaca.

“Ele possui mais cálcio, ferro e mais proteína. É mais nutritivo, mais saudável e mais saboroso que os outros queijos”, garante Pedro. Hoje eles estão produzindo uma média de 150 a 200 litros de leite por dia, com picos, principalmente no período de chuva, quando melhora o clima para o animal, de 300 litros, o que dá uma média de 6 mil litros por mês. Todo o leite é usado para suprir a demanda da queijaria.

Pedro explica que para produzir um quilo de queijo mussarela são utilizados, se for leite de vaca, 12 litros, e de búfala, é a metade disso. Além do mussarela, eles fabricam o queijo minas frescal, que consome 3,6 litros para fazer um quilo, e o coalho, para o qual são utilizados 5,3 litros para um quilo. Atualmente, na propriedade de 18 alqueires tem mais de 90 cabeças de búfalo.

Os animais adultos da fazenda pesam de750 quilos a uma tonelada. Toda criação é para extração de leite. A meta de Pedro e sua família é ampliar a criação, investir mais em melhoramento genético e na qualidade dos produtos que produzem, visando expandir as vendas não só no mercado local, mas também em outras praças.

Ele observa que o trabalho, por ser pioneiro, não foi fácil, porque a região ainda é típica produtora de pecuária bovina. “Búfalo é uma raridade”, diz ele, que adquire matrizes e sêmen, para melhorar a genética do seu rebanho, de outros estados do País.

Inspeção rigorosa  

Toda produção de queijo da Fazenda Açaizal possui selo do Serviço de Inspeção Sanitária. Segundo a veterinária Elke Amoury, para dar uma certificação é feito todo um trabalho, que começa com inspeção do animal no campo, para ver sua sanidade, passa pela ordenha, que precisa seguir as normas de higiene para não contaminar o leite que, depois disso, ainda passa por mais uma análise para saber se está em perfeitas condições, para depois ser liberado para a fabricação do queijo.

Dentro da fábrica também são seguidas outras normas de higiene, para que não haja contaminação do produto final. São verificados, por exemplo, temperatura de acondicionamento, embalagem e transporte até onde será comercializado. “Os produtos lácteos precisam estar em temperatura de refrigeração adequada, para não sofrerem processo de fermentação. Porque senão, mesmo dentro da validade, ficam impróprios para consumo”, explica a veterinária.

Para o secretário de Produção Rural, Eurival Martins, projetos como esse mostram que a região de Parauapebas tem uma grande de diversidade de produção agrícola. Ele destaca que no caso do búfalo, é uma novidade, porque geralmente o animal é mais comum nas regiões do Baixo Amazonas e no Marajó.

“São cadeias produtivas que estão se adaptando a nossa região, trazendo mais renda e gerando emprego”, diz o secretário, destacando que a Sempror está com várias frentes de trabalho, para atender as variedades produtivas do município, focando em transformar Parauapebas em um grande celeiro agrícola.  (Tina Santos)

O primeiro projeto de produção de derivados de leite de búfala em Parauapebas começa a ganhar destaque no mercado local, com grande procura por parte de restaurantes e consumidores que, aos poucos, estão descobrindo os benefícios nutricionais do produto, considerado mais saudável do que os derivados do leite de vaca. A carne do animal também é considerada mais saudável e de ótimo paladar.

O projeto de criação de búfalo e produção de derivados do leite do animal é feito na fazenda Açaizal, localizada na VP 2, na Vila Cedere I, a 20 quilômetros de Parauapebas. O empreendimento pioneiro no município é tocado pela família do empresário e produtor rural Geraldo Pedro, que já pensa em expandir os negócios para atender a grande procura do mercado.

Esse também é mais um dos projetos que está recebendo total apoio da Secretaria Municipal de Produção Rural (Sempror), que está dando aporte técnico para melhorar a genética dos animais, assim como a qualidade dos produtos produzidos na fazenda, que estão todos licenciados e inspecionados pelo Serviço Inspeção Sanitária Municipal (SIM).

Para mostrar um pouco da rotina e da maneira como é feita a criação de búfalos e a produção de queijos e outros derivados do leite do animal, a Sempror, junto com outros parceiros do empreendimento, como a Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra) e Serviço Nacional de Aprendizado Rural (Senar), promoveram uma visita da imprensa ao local.

Além de mostrar passo a passo o manejo dos animais, melhoramento genético e toda etapa de produção do leite, da ordenha até a fabricação dos derivados, feita na queijaria Casa Nostra, que fica na própria fazenda, também foi feita uma degustação, com todos os tipos de queijos produzidos, pratos feitos com queijo e também churrasco de búfalo, para mostrar que a carne é macia, mais magra que do boi e de ótimo sabor.

Segundo Geral Pedro, a ideia de iniciar a fabricação de queijo surgiu pela necessidade. Ele conta que a família dele tinha uma pizzaria e era grande consumo de queijo mussarela. Por conta disso, decidiram produzir a própria mussarela e, na pesquisa de mercado, sobre a produção desse tipo de queijo, descobriram que o verdadeiro mussarela é feito com leite de búfala. Então, há cinco anos, adquiram as primeiras 15 matrizes do animal.

Como o búfalo é um animal rústico e que gosta de áreas alagadas, eles tiveram que criar esse ambiente e hoje, o pasto, onde eles se alimentam, é todo irrigado. O sistema, além de manter grama verde, no calor escaldante que tem feito, refresca os animais, que gostam de ficar em área sombreadas, por absorver mais calor que o boi normal, devido ser preto.

Outra parte do tempo eles ficam em uma lagoa e área alagadiças. Segundo Pedro, os búfalos mergulham até dois metros de profundidade para comer algas e outros musgos, que também fazem parte da alimentação deles.

Paralelo a isso, foram investindo em melhoramento genético e na estrutura da queijaria. Ele observa que a aceitação do queijo de búfala é grande, porque é um queijo mais gourmet, ou seja, de melhor sabor na culinária, e também por ser mais saudável, possuindo 30% menos colesterol que o queijo de leite de vaca.

“Ele possui mais cálcio, ferro e mais proteína. É mais nutritivo, mais saudável e mais saboroso que os outros queijos”, garante Pedro. Hoje eles estão produzindo uma média de 150 a 200 litros de leite por dia, com picos, principalmente no período de chuva, quando melhora o clima para o animal, de 300 litros, o que dá uma média de 6 mil litros por mês. Todo o leite é usado para suprir a demanda da queijaria.

Pedro explica que para produzir um quilo de queijo mussarela são utilizados, se for leite de vaca, 12 litros, e de búfala, é a metade disso. Além do mussarela, eles fabricam o queijo minas frescal, que consome 3,6 litros para fazer um quilo, e o coalho, para o qual são utilizados 5,3 litros para um quilo. Atualmente, na propriedade de 18 alqueires tem mais de 90 cabeças de búfalo.

Os animais adultos da fazenda pesam de750 quilos a uma tonelada. Toda criação é para extração de leite. A meta de Pedro e sua família é ampliar a criação, investir mais em melhoramento genético e na qualidade dos produtos que produzem, visando expandir as vendas não só no mercado local, mas também em outras praças.

Ele observa que o trabalho, por ser pioneiro, não foi fácil, porque a região ainda é típica produtora de pecuária bovina. “Búfalo é uma raridade”, diz ele, que adquire matrizes e sêmen, para melhorar a genética do seu rebanho, de outros estados do País.

Inspeção rigorosa  

Toda produção de queijo da Fazenda Açaizal possui selo do Serviço de Inspeção Sanitária. Segundo a veterinária Elke Amoury, para dar uma certificação é feito todo um trabalho, que começa com inspeção do animal no campo, para ver sua sanidade, passa pela ordenha, que precisa seguir as normas de higiene para não contaminar o leite que, depois disso, ainda passa por mais uma análise para saber se está em perfeitas condições, para depois ser liberado para a fabricação do queijo.

Dentro da fábrica também são seguidas outras normas de higiene, para que não haja contaminação do produto final. São verificados, por exemplo, temperatura de acondicionamento, embalagem e transporte até onde será comercializado. “Os produtos lácteos precisam estar em temperatura de refrigeração adequada, para não sofrerem processo de fermentação. Porque senão, mesmo dentro da validade, ficam impróprios para consumo”, explica a veterinária.

Para o secretário de Produção Rural, Eurival Martins, projetos como esse mostram que a região de Parauapebas tem uma grande de diversidade de produção agrícola. Ele destaca que no caso do búfalo, é uma novidade, porque geralmente o animal é mais comum nas regiões do Baixo Amazonas e no Marajó.

“São cadeias produtivas que estão se adaptando a nossa região, trazendo mais renda e gerando emprego”, diz o secretário, destacando que a Sempror está com várias frentes de trabalho, para atender as variedades produtivas do município, focando em transformar Parauapebas em um grande celeiro agrícola.  (Tina Santos)