A Mineradora Vale divulgou na manhã de hoje, quarta-feira, 8, durante um café da manhã com a Imprensa, o balanço das atividades social, ambiental e econômica da empresa no segundo trimestre de 2018 no Pará e em Parauapebas.
De acordo com o balanço, o município ampliou a arrecadação de tributos de impostos minerais e vem recebendo investimentos significativos em projetos de geração de emprego e renda, principalmente na área rural, e da mesma forma ampliou as ações voltadas à proteção e preservação ambiental.
Em um vídeo, a mineradora mostrou um pouco dos projetos sociais que apoia na região da Palmares, Juazeira e na APA do Gelado. São incentivos que estão fomentando a cadeia produtiva de horticultura e derivados do leite, com parte desses produtos ganhando comercialização no mercado local, de Marabá e Belém.
Leia mais:A mineradora reforça que Parauapebas, apesar de ainda ter a mineração como principal matriz econômica, está ganhando apoio da empresa na busca de outras fontes de geração de emprego e renda, com destaque para as comunidades rurais, e também tem contribuído no fortalecimento do cooperativismo, através do Termo de Cooperação Técnica assinado com o Sistema das Organizações das Cooperativas Brasileiras (OCB), para execução de ações conjuntas de qualificação das gestões, dos cooperados e colaboradores.
O balanço do segundo trimestre foi apresentado por João Coral, gerente de Sustentabilidade Norte, e Antonio Padovezi, diretor do Corredor Norte da Vale, que depois responderam a perguntas dos jornalistas sobre os dados apresentados.
Social
De acordo com os dados, a empresa irá apoiar 33 projetos em 14 comunidades do município nas áreas de pecuária leiteira, apicultura e fruticultura ainda este ano.
Parte desses projetos previstos dará continuidade a ações iniciadas pela empresa em 2016 e que vem se consolidando na região. Entre os principais resultados estão à contribuição para a fixação do homem no campo, por meio do fortalecimento do associativismo, do incremento de renda e da melhoria da qualidade de vida dos produtores.
Na comunidade de Juazeiro, por exemplo, a empresa entregou maquinários e implementos agrícolas, além de promover capacitação. Segundo levantamento realizado, a média de incremento de renda nos últimos anos foi de 48%. Outra frente de atuação está no impulso à rede de apoio ao setor.
Nesse sentido, a empresa articulou junto ao Ministério do Desenvolvimento Social (MDS) a divulgação, no sudeste do Pará, do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) do Governo Federal.
A meta do MDS é que órgãos públicos como Forças Armadas e hospitais adquiram 30% de suas compras nas áreas locais, de pequenos produtores e produtores familiares.
Segundo a mineradora, já foram feitos investimento de R$ 696.000 na compra do leite de 88 produtores locais de nove comunidades para fornecimento ao Laticínio Estação, que fica n APA do Gelado. No total, a empresa aponta que fez investimentos sociais no Pará, no 1º semestre de 2018, no valor R$ 60,9 milhões, 36% a mais que no 1º semestre de 2017.
Ainda na área social, a empresa afirma que já bateu a oferta de 720 vagas que havia anunciado e que deverá abrir ainda este ano seletivo para estágio de 40 horas, com previsão de 80 vagas.
Em todo o Pará, a Vale, segundo seus dados, gera 25.489 empregos próprios e terceirizados. Parauapebas fica com 16.834 desses postos de trabalho, o que gerou uma massa salarial de R$ 262,8 milhões no primeiro semestre.
Além de Parauapebas, a empresa tem projetos nos municípios de Ourilândia do Norte, Canaã dos Carajás, Curionópolis e Marabá, e mantém representação em Belém.
Vale repassa mais de R$ 866 milhões em tributos ao Pará
De acordo com a Vale, só nos seis primeiros meses deste ano a empresa repassou ao Pará R$ 866 milhões em tributos. Os números consideram quatro tributos: Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem), Taxa Estadual de Recursos Minerais (TFRM), a Taxa Estadual de Uso de Recursos Hídricos (TFRH), o Imposto sobre Circulação de Bens e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS).
Segundo a mineradora, o município de Parauapebas recebeu R$ 190 milhões em Cfem e ISS no primeiro trimestre de 2018. No primeiro trimestre o município recebeu de Cefem R$ 79,1 milhões e R$ 93,3 milhões agora no segundo trimestre, totalizando R$ 172,5 milhões no primeiro semestre de 2018.
De ISS foram R$ 9,9 milhões no primeiro trimestre e R$ 8,1 milhões no segundo, totalizando 18 milhões nesse primeiro semestre.
Em compras no mercado local foram R$ 331 milhões no primeiro trimestre e R$ 404 milhões no segundo, o que totaliza R$ 735 milhões no primeiro semestre.
Ambiental
Na área ambiental, foram feitos investimentos de R$ 80 milhões nos seis primeiros meses de 2018 e a empresa está dando apoio ao ICMBio no combate às queimadas. A mineradora afirma que equipes de guardas florestais realizam rondas terrestres, sobrevoos semanais e atua no combate ao fogo nas unidades de conservação de Carajás.
Além disso, em convênio com órgãos ambientais, dá suporte na preservação ambienta de uma área 412 mil hectares, o que equivale a 577 mil campos de futebol. A Flona de Carajás abriga 7 mil espécies de plantas e animais, entre os quais 50 espécies de vertebrados ameaçados de extinção e 300 espécies endêmicas da região Amazônica.
A empresa garante ainda que 100% dos resíduos produzidos em Carajás tem destinação ambientalmente adequada, conforme a legislação. Entre os materiais destinados estão os pneus dos caminhões fora de estrada, borracha, a sucata ferrosa, o óleo usado, a madeira, papel, plástico etc.;
Fora isso, a Vale também assegura que recircula 70% da água utilizada em suas operações e não faz captação de água no rio Parauapebas para operação em Carajás.
Ainda em investimentos ambientais, a empresa implantou viveiro de imersão com 80 aves de 13 espécies diferentes e o Parque Zoobotânico de Carajás tem fomentado o turismo e só primeiro semestre deste ano 50.571 pessoas visitaram o local.
Antonio Padovezi e João Coral avaliaram de forma positiva os dados apresentados e ressaltaram que empresa, independente do processo político em andamento, segue seu cronograma de ações e investimentos. “Não fazemos nossos projetos com base na situação política. Por tanto, os investimentos e projeções seguem normalmente, de acordo com o que foi estabelecido, independente da política”, frisou Coral. (Tina Santos)