Correio de Carajás

Asdrubal Bentes deixa Superintendência do Incra

O ex-deputado Asdrubal Bentes não é mais o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para o sul do Pará. A exoneração dele foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) do último dia 5. Segundo o próprio Asdrubal, em entrevista ontem na sede do CORREIO, ele pediu para deixar o cargo, cumprindo exigência da Legislação Eleitoral, uma vez que é pré-candidato a cargo eletivo em 2018. O provável substituto dele na função será Valcinei Gomes, atual adjunto no órgão.

A chamada desincompatibilização tem prazos que variam entre 3 e 6 meses antes da eleição. Alguns estão previstos na lei complementar nº 64/1990 e outros são definidos nos julgamentos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No ano das eleições o TSE publica uma tabela atualizada dos prazos. A função de superintendente do Incra, é um cargo em comissão nomeado pelo Presidente da República e, portanto, o seu ocupante deve pedir exoneração seis meses antes da Eleição.

INSTITUTO

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Sobre a sua passagem pelo órgão que gerenciou por um ano de quatro meses, Asdrubal elege como principal melhoria nesse período a estrutura do órgão e a retomada da alto-estima dos servidores. Segundo ele, além de poucos os funcionários estavam desestimulados e o órgão vivendo um momento crítico, com pouca produtividade e resultados.

“Das minhas três passagens pelo Incra, esta foi a mais difícil, contando com 130 servidores para cuidar dos interesses de 514 projetos de assentamento, em 39 municípios. É humanamente impossível, ainda mais com poucos recursos financeiros. Assentar não é apenas colocar o homem na terra, mas prover a infraestrutura básica para que ele possa se desenvolver”, diz o agora ex-superintendente, mencionando suas anteriores passagens pelo Getat e depois Incra Pará em 1991.

#ANUNCIO

Bentes lamenta, ainda, que setores que antigamente eram atendidos pelo próprio Incra, como Saúde e Educação de assentados, ao longo dos anos tenham sido transferidos para outros ministérios. “Ao invés de melhorar, eu entendo que piorou. Hoje não se vê mais esses atendimentos, que passaram a ficar com os municípios”.

TÍTULOS DEFINITIVOS

Outro avanço significativo da sua gestão no órgão, na avaliação de Asdrubal, foi a expedição e entrega de 1051 título definitivos de propriedade da terra a agricultores e ter deixado mais 5 mil processos prontos para titulação. Apesar disso, ele acredita que há um passivo de mais de 60 mil assentados ainda aguardando suas titulações. “Eu não consigo entender qual era a filosofia dos meus antecessores no cargo ao longo dos anos, que parece que encaravam a reforma agrária de forma política e ideológica, e eu entendo como atividade sócio-econômica”.

FUTURO

Asdrubal Bentes foi deputado por seis mandatos, tendo feito parte da Assembleia Constituinte. Foi também prefeito de Salinópolis. Na eleição anterior, há 4 anos atrás, estava impedido de registrar candidatura ainda sob efeito da sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal. Ele cumpriu nove meses de pena em regime domiciliar e, mais tarde, recebeu indulto, que cessou a sua pena e restituiu os direitos políticos.

Mesmo aos 79 anos e agora se recuperando de um problema renal que lhe rendeu cirurgia, Asdrubal garante que ainda está firme e com plenas condições de disputar uma eleição e de exercer mandato. Citou a longevidade na sua família, lembrando que a mãe morreu com 97 anos e uma tia com 104 anos. “O meu partido, o MDB, me convocou e disse que quer contar comigo nessas eleições”, explicou. (Da Redação)

O ex-deputado Asdrubal Bentes não é mais o superintendente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) para o sul do Pará. A exoneração dele foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) do último dia 5. Segundo o próprio Asdrubal, em entrevista ontem na sede do CORREIO, ele pediu para deixar o cargo, cumprindo exigência da Legislação Eleitoral, uma vez que é pré-candidato a cargo eletivo em 2018. O provável substituto dele na função será Valcinei Gomes, atual adjunto no órgão.

A chamada desincompatibilização tem prazos que variam entre 3 e 6 meses antes da eleição. Alguns estão previstos na lei complementar nº 64/1990 e outros são definidos nos julgamentos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No ano das eleições o TSE publica uma tabela atualizada dos prazos. A função de superintendente do Incra, é um cargo em comissão nomeado pelo Presidente da República e, portanto, o seu ocupante deve pedir exoneração seis meses antes da Eleição.

INSTITUTO

Sobre a sua passagem pelo órgão que gerenciou por um ano de quatro meses, Asdrubal elege como principal melhoria nesse período a estrutura do órgão e a retomada da alto-estima dos servidores. Segundo ele, além de poucos os funcionários estavam desestimulados e o órgão vivendo um momento crítico, com pouca produtividade e resultados.

“Das minhas três passagens pelo Incra, esta foi a mais difícil, contando com 130 servidores para cuidar dos interesses de 514 projetos de assentamento, em 39 municípios. É humanamente impossível, ainda mais com poucos recursos financeiros. Assentar não é apenas colocar o homem na terra, mas prover a infraestrutura básica para que ele possa se desenvolver”, diz o agora ex-superintendente, mencionando suas anteriores passagens pelo Getat e depois Incra Pará em 1991.

#ANUNCIO

Bentes lamenta, ainda, que setores que antigamente eram atendidos pelo próprio Incra, como Saúde e Educação de assentados, ao longo dos anos tenham sido transferidos para outros ministérios. “Ao invés de melhorar, eu entendo que piorou. Hoje não se vê mais esses atendimentos, que passaram a ficar com os municípios”.

TÍTULOS DEFINITIVOS

Outro avanço significativo da sua gestão no órgão, na avaliação de Asdrubal, foi a expedição e entrega de 1051 título definitivos de propriedade da terra a agricultores e ter deixado mais 5 mil processos prontos para titulação. Apesar disso, ele acredita que há um passivo de mais de 60 mil assentados ainda aguardando suas titulações. “Eu não consigo entender qual era a filosofia dos meus antecessores no cargo ao longo dos anos, que parece que encaravam a reforma agrária de forma política e ideológica, e eu entendo como atividade sócio-econômica”.

FUTURO

Asdrubal Bentes foi deputado por seis mandatos, tendo feito parte da Assembleia Constituinte. Foi também prefeito de Salinópolis. Na eleição anterior, há 4 anos atrás, estava impedido de registrar candidatura ainda sob efeito da sua condenação pelo Supremo Tribunal Federal. Ele cumpriu nove meses de pena em regime domiciliar e, mais tarde, recebeu indulto, que cessou a sua pena e restituiu os direitos políticos.

Mesmo aos 79 anos e agora se recuperando de um problema renal que lhe rendeu cirurgia, Asdrubal garante que ainda está firme e com plenas condições de disputar uma eleição e de exercer mandato. Citou a longevidade na sua família, lembrando que a mãe morreu com 97 anos e uma tia com 104 anos. “O meu partido, o MDB, me convocou e disse que quer contar comigo nessas eleições”, explicou. (Da Redação)